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Não Abra! | Crítica

Não Abra! | Crítica

Não Abra realmente merece toda a atenção que está recebendo?

Não Abra! é o mais novo longa de terror da produtora e distribuidora independente, Neon, que têm em seu currículo filmes com Parasita, Spencer e Eu, Tonya. O filme estreiou no prestigioso festival South by Southwest (SXSW). E será que realmente merece todo o alarde que andou fazendo?

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Em busca de aceitação na escola, Sam renega suas raízes culturais e sua família das Índias Orientais. Entretanto, quando um espírito demoníaco da mitologia se apossa de sua ex-melhor amiga, ela se vê confrontada com a necessidade de abraçar sua herança para enfrentar esse desafio e derrotá-lo.

Foto: Não Abra! / Divulgação: Imagem Filmes

Uma ótima ideia e uma péssima execução

O longa é o primeiro escrito e dirigido pelo indiano Bishal Dutta, que anteriormente havia escrito e dirigido curtas, e episódios de série de televisão, e ele traz algumas das vivências do artista como indiano crescendo nos Estados Unidos.

A parte mais interessante do filme é exatamente a abordagem da cultura indiana. Dutta nos mostra alguns lados da religião não muito vistos em produções norte americanas. Outro ponto forte da produção é seu elenco. Encabeçado por Megan Suri, o elenco do filme é carismático o bastante para nos prender. Porém, os aspectos bons do filme terminam aí.

Apesar das ótimas atuações, os personagens não são bem escritos, inclusive é difícil nos conectar com eles durante a produção.

Para um filme de terror, não existem momentos de susto nele, em momento nenhum ele nos coloca na beira de nosso assento. A narrativa e a montagem são repetitivas, o que faz com que a produção seja extremamente cansativa, apesar de ter apenas 1h39min de duração. O filme ganharia muito se retirasse uns 30min da duração final. Uma diretora e roteirista incrível que têm o costume de não alongar seus filmes e os entregar com duração pequena e exata, é Emma Seligman. Muitos deveriam aprender isso com ela.

A quantidade de cortes para tela preta nesse filme é abismal. Esse ano tivemos o lançamento de A Freira 2 e esse aspecto do filme me irritou também, eu achava que nenhum filme conseguiria superar a quantidade de vezes que A Freira 2 corta para tela preta, mas Não Abra! conseguiu. A fotografia também é bem cansativa, utilizando de luzes vermelhas de maneira repetitiva. O som também foi deixado de lado. Não existe uma construção sonora interessante e, pelo menos no áudio original, as falas dos personagens são ininteligíveis sem a legenda, as falas deles são tão baixas que parece que eles sussurram o filme inteiro.

Foto: Não Abra! / Divulgação: Imagem Filmes

E vale a pena assistir?

Com uma ótima ideia e uma péssima execução, Não Abra! não assusta, não diverte e não nos prende. É repetitivo e torna uma trama interessante em algo enfadonho.

Não Abra! está em cartaz no Cine A

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