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Mussum – O Filmis | Crítica

Mussum – O Filmis | Crítica

Mussum – O Filmis mostra a vida do primeiro dos Trapalhões a nos deixar.

A geração de 2000 pra cá pode não conhecer muito sobre Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido Mussum. Para os mais antigos, ele foi um dos 4 integrantes dos Trapalhões, fazendo um sucesso absurdo com conteúdo humorístico leve na TV.

No filme “Mussum – O filmis” viajamos desde a infância do cara que tinha uma risada inconfundível e até hoje deixa saudades.

Um homem pode ter mais de um amor?

Mussum foi criado pela mãe na periferia e desde cedo (literalmente na primeira cena) já podemos ver o menino dividido entre dois amores: o futebol e o samba. Mas sua mãe não queria o menino sambista e tinha um sonho de que ele fosse alfabetizado, já que ela não era.

Em outro momento já somos apresentados a um Mussum mais jovem que ingressa na Aeronáutica, mas que ainda possuía o coração dividido e tocava escondido a noite com o grupo ‘Os Originais do Samba’. Também foi nessa época que ele conheceu sua primeira esposa, Nelly (Jeniffer Dias) e demonstrou aos poucos seu amor pela escola de samba Mangueira.

Agora em um terceiro momento, o Mussum é interpretado pelo Ailton Graça e é nessa fase da vida que somos apresentados ao homem que boa parte conheceu: o seu lado humorista. Aqui, conhecemos a sua relação com o Grande Otelo (Nando Cunha) e começa a fazer sucesso no teatro e TV. Logo, Chico Anysio (Vanderlei Bernardino) sente que tem um pupilo a ser lapidado ali e o contrata para “Escolinha do Professor Raimundo”. Mais tarde, Renato Aragão (Gero Camilo) o contrata para ser um dos membros dos “Trapalhões”. Mas pensam que acabou? ‘Os Originais do Samba’ estão fazendo mais sucesso do que nunca e sua vida ainda fica dividida entre samba, TV e família.

Afinal, como é conciliar mais de um amor?

Burro Preto tem um monte, mas Preto Burro não dá.

A frase acima vai fazer muito sentido para quem tem aquele conselho de mãe guardado com carinho na memória. A mãe de Mussum pode ter sido contrária a ideia do filho ser sambista (no começo), mas sempre esteve lá por ele, pois diz que ensinou o filho a ter o poder de decisão sobre a vida. Aliás, o filme mostra essa relação linda entre mãe solteira que faz de tudo para que seu filho possa ter uma vida melhor do que ela pode proporcionar.
Tem um momento em que o pequeno Mussum ensina sua mãe a ler que me aqueceu o coração (e não foi o único momento no filme que fiquei assim).

O filme tem uma narrativa muito bem contada, muito bem amarrada, o que mostra que o roteiro acertou em cheio!
É um texto simples, sem rodeios e invenções.

Outro ponto é o fato de mostrar o lado “fraco” do Mussum, pois o objetivo não era santificar e sim, expor a biografia dele. Então, há momentos de infidelidade, consumo de cigarro e bebida e por ai vai. Muitas pessoas podem se decepcionar, pois o filme não fala tanto assim dos Trapalhões, mas eu amei isso. O filme é sobre o Mussum e sua escalada até o sucesso e não sobre a genialidade criada pelo Renato Aragão na qual 4 pessoas faziam humor.
Outra coisa que amei foi a caracterização, pois me trouxe aquele momento nostálgico de vê-lo na telinha nos anos 90.

E vale a pena?

‘Mussum – O Filmis’ é uma daquelas produções para aquecer seu coração muitas vezes! Você vai chorar, você vai pensar no que faria de diferente se estivesse na pele do personagem principal, mas o importante é temos um filme que emociona e diverte numa mesma proporção! Como citado anteriormente, não é um filme sobre ‘Os Trapalhões’ e não é cheio de piadas ou algo do tipo, mas sim mostra a trajetória do homem que nos fazia sorrir (e está tudo bem o filme ser assim)!

E a atuação de Ailton Graça é cativante e vale a pena ser notada pois carrega “a pele” do humorista por mais de metade do filme!

“Mussum – O filmis” está em exibição no Cine A!

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