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Argylle – O Superespião | Crítica

Argylle – O Superespião | Crítica

Argylle – O Superespião é a mais nova produção do diretor Matthew Vaughn (Kick-Ass, Kingsman) no gênero que ele tanto gosta: espionagem. 

Fale Mais Sobre Isso

Prometendo ser o início de uma nova trilogia de filmes de espião e a segunda trilogia de um universo compartilhado com Kingsman, e outra produção ainda não anunciada, Argylle segue Elly Conway, uma escritora de romances sobre um agente secreto que tem a missão de desvendar um sindicato global de espionagem. Porém, quando seus livros começam a refletir as ações secretas de uma organização secreta da vida real, a linha entre ficção e realidade começa a ficar confusa e vida da escritora é colocada a risco.

Vamos dizendo a verdade

Acho que posso começar falando um pouco sobre o marketing “enganador” do filme.

Grande parte da propaganda do filme foi feita em cima de Dua Lipa, ela está em grande parte do trailer, está quase no centro do pôster, mas no filme? Digamos que os créditos iniciais de distribuição e produção têm mais tempo de tela do que cantora. Então, se você é fã de Dua Lipa, não espere muita coisa.  Ariana DeBose, vencedora do Oscar Ariana DeBose, também está sendo muito utilizada na promoção do filme, assim como John Cena, amos estão dando milhares de entrevistas sobre, aparecem bastante nos trailers, mas se eles tem dez minutos de cena, somados, é muito. E o filme tem mais de duas horas de duração. Duas horas e dezenove minutos para ser exata.

E essa duração é o primeiro grande erro do filme. Você sente o tempo de duração dele. O início te pega, mas a medida que chegamos ao segundo ato, tudo começa a ficar um pouco “repetitivo”. O filme escrito por Jason Fuchs tem umas dez reviravoltas diferentes e, algumas são legais, mas depois da segunda você já está cansado, e o terceiro ato é basicamente isso, reviravolta atrás de reviravolta atrás de reviravolta.

Na minha crítica sobre a primeira temporada de Percy Jackson, falei um pouco sobre os efeitos visuais da série e me impressiona o fato de que esse filme tem efeitos visuais muito, mas muito inferiores a uma série de streaming. E eles ficaram ainda piores quando descobri que esse filme teve um orçamento de 200 milhões de dólares. Sim, 200 milhões de dólares. Esse dinheiro foi todo pro elenco? Porque é a única explicação para um filme de orçamento tão alto ter efeitos visuais péssimos e piores que um filme lançado em 2010, como Kick-Ass, por exemplo.

 

Artificialidade técnica e diversão

Os cenários são todos tão artificiais, existe uma cena em que petróleo está envolvido e nossa protagonista passa em cima dele várias vezes, mas só suja sua bochecha. E o petróleo é tão falso, mas tão falso, que ela não estar suja nem incomoda tanto, porque olhamos para aquilo e falamos “Ah, não tava lá né.”

Apesar disso tudo, o filme é intrigante no início e ele diverte, se você aguentar e estiver no humor. Quatro pessoas da minha sala de cinema não estavam, saíram quando o filme tinha passado os noventa primeiros minutos e nunca mais voltaram. Mas, eu curti. Entrei esperando um filme divertido, recebi uma bobeira um pouco mal feita e me diverti. Porém, confesso que ele promete muito mais que entrega. 

Os atores estão bem, Bryce Dallas-Howard consegue brincar bastante com as diferentes situações que sua personagem enfrenta. Sam Rockwell está bem, nada mais que isso, o que é uma pena, pois eu gosto muito do trabalho dele e aqui parece que ele estava lá só para receber o cheque. Dua Lipa tem uma quantidade tão minúscula de tempo que não consigo nem comentar a atuação dela e todas suas cenas são em estúdio com chroma key. Um triste momento para nós, fãs. Ariana DeBose está maravilhosa, como sempre, em seus três ou quatro minutos de tela. Assim como John Cena, Sofia Boutella e Samuel L. Jackson. Os quatro entregam tudo e nos fazem desejar que estivessem lá por mais tempo.  Henry Cavil é Henry Cavil, não tem muito o que dizer. Só que a escolha de sua caracterização é um tanto quanto questionável.

E Vale o Ingresso?

Em sumo, Argylle – O Superespião não é nada de novo, não é o melhor filme de Matthew Vaughn, também não é o pior. Promete dar start em uma nova saga de espionagem no cinema, caso faça sucesso. Pelas críticas e opiniões dos espectadores, o futuro da franquia não é muito promissor. 

O filme contém uma cena pós-créditos, mas você só precisa esperar três minutos para ela. E também conta com o primeiro livro da saga de Elly Conway (que já existe até uma teoria de conspiração que é a Taylor Swift, ou a J.K Rowling).

Se quiser se divertir, ver gente bonita e não pensar em nada por mais de duas horas, esse filme é uma ótima escolha!

Argylle – O Superespião está em cartaz no Cine A

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