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King's Man: A Origem | Crítica - Geek Guia
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King’s Man: A Origem | Crítica

King’s Man: A Origem | Crítica

James Bond encontra 1917

Existe um fascínio no cinema por histórias que envolvam agências secretas, missões governamentais e agentes altamente habilidosos salvando o mundo. James Bond é um dos personagens mais conhecidos dessas narrativas e com o passar dos anos, a aura do espião foi ganhando novas facetas, e outras formas de resolver os problemas! E após dois filmes, Kingsman está de volta. Ou melhor, King’s Man, tentando dar uma sobrevida a uma franquia que começou de maneira favorável, mas se perdeu dentro dos próprios conceitos.

Desta forma, ‘King’s Man: A Origem’ se comporta mais como filme abarrotado de modificações históricas do que necessariamente aquela trama debochada e desprendida que vimos anteriormente. O resultado é uma obra desconjuntada, cansativa, repleta de boas ideias, porém que nunca encontra o seu potencial da maneira correta! É como se James Bond estivesse correndo em ‘1917‘ para levar uma mensagem, contudo isso leva mais tempo do que esperado e remove toda vontade de continuarmos acompanhando o que está em tela!

Fale Mais Sobre Isso

Após uma terrível perda, o Duque de Oxford decidiu se tornar um pacifista e cuidar de seu único filho, Conrad. Contudo, com os rumores de uma possível guerra envolvendo os países do mundo todo, chega o momento onde o Duque precisará deixar de lado o juramento que fez. E ao se unir aos fiéis auxiliares, passa a desvendar uma trama que envolve os principais líderes mundiais, porém o tempo se torna curto, sendo necessário tirar da história o principal causador de tudo antes que seja tarde demais!

Começando a Agência dos Cavalheiros

Matthew Vaughn retorna à direção, escrevendo parte do roteiro também, na produção que novamente adapta os quadrinhos de Mark Millar! E sejamos sinceros, o quadrinistas não está dando sorte com as obras que contam suas histórias ultimamente! Vide o terrível O Legado de Júpiter‘!

Mas o problema aqui está na construção da narrativa e na forma como a história vai permeando questões históricas dentro do universo que conhecemos e passaremos a saber de onde veio! O resultado disso é um festival de sequências de ação estilosas seguidas de diálogos que duram mais de 30 minutos em tela, tornando principalmente o segundo ato do filme cansativo e sem graça! 

Logo que a trama começa a se desenhar, outros arcos que carecem de atenção, por isso a escolha da direção é acelerar certos momentos e ignorar outros de maneira quase absurda, e tudo isso realizado com cortes pra lá de amadores durante as transições. Nisso, são inseridos combates que funcionam, possuem criatividade, mas não aparentam acrescentar nada na narrativa.

A luta na festa de Natal contra Rasputin é uma das melhores e toda sequência onde ocorre uma batalha no meio da guerra, com os soldados apenas usando facas, é impactante. Só que isso se perde novamente pelos momentos de drama exagerado ou pelas conversas que não levam nada para lugar algum! 

Diferente dos seus antecessores, o peso maior está num certo tom dramático que em situação alguma deixa que aquele humor conhecido venha realmente aparecer. E quando aparece é tão rápido que nem os comentários sarcásticos ou piadas ganham o peso que a direção gostaria que tivesse! E nesse emaranhado, sobram participações especiais e um Ralph Fiennes que precisa segurar a produção nas costas, pois os demais estão ali, mas nada memoráveis! 

King’s Man: O serviço secreto sem graça

Para encontramos o que realmente viemos buscar aqui é necessário atravessar pouco mais de duas horas exibição onde a impressão é que estamos revendo ‘Dunkirk’, mas com certas alterações histórias, para dar um tom mais fantástico a coisa! E funciona? Depende da sua disposição para isso!

Todo dilema do Duque de Oxford é aceitável e as motivações de Conrad são plausíveis, porém a dinâmica entre ambos é rasa, sem gerar o peso que as questões da trama quer apresentar. Sem contar que o tanto de personagens mostrados, seria realmente complicado desenvolver a todos. Deixando pros estereótipos fazerem o trabalho, o mordomo é expert em lutas e ser apenas para isso. A governanta é esperta, porém quando convém ao chefe! E assim seguimos dentro de uma história que não consegue acertar em algo que os primeiros filmes se deram bem, o humor! 

Falta o dinamismo e as sequências para isso acontecer, pois o que somos apresentados é uma origem um tanto quanto sombria e densa, sem nenhum carisma. Totalmente oposto do que vimos no longa de 2014! 

Desta forma esse começo de Kingsman nada mais é que uma confusa, atrapalhada e desconjuntada história que precisa demais de duas horas para realizar algo que o público esperava! 

‘King’s Man: A Origem se comporta mais como filme abarrotado de modificações históricas do que necessariamente aquela trama debochada e desprendida que vimos anteriormente. O resultado é uma obra desconjuntada, cansativa, repleta de boas ideias, porém que nunca encontra o seu potencial da maneira correta! É como se James Bond estivesse correndo em ‘1917’ para levar uma mensagem, contudo isso leva mais tempo do que esperado e remove toda vontade de continuarmos acompanhando o que está em tela!

E esse começo confuso de Kingsman atrapalha e muito uma franquia que não teve tanta sorte em seu segundo filme, e perde completamente o carisma em uma origem chocha, capenga manca, anêmica, frágil e inconsistente!

‘King’s Man: A Origem’ está nos cinemas!

P.S: O filme possui uma cena pós-créditos! 

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