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Mergulho Noturno | Crítica

Mergulho Noturno | Crítica

Mergulho Noturno é a prova de quem nem tudo precisa virar longa-metragem

Dentro do gênero de terror temos um fenômeno que volta e meia ocorre, quando um curta-metragem assustador consegue tanto destaque que acaba sendo alvo de um projeto para se tornar um longa! E isso já aconteceu diversas vezes! ‘Sorria’, por exemplo, é um desses casos que fizeram sucesso de bilheteria recentemente. Porém nem toda a história está propícia a se tornar algo maior, tão pouco sua mitologia precisa de expansão, e desta vez, são esses pontos que mais pesam! 

Desta forma, ‘Mergulho Noturno’ chega aos cinemas comprovando que nem toda história precisa se tornar um longa-metragem. Pois o que temos é um resultado abaixo do que a obra original entregou. Principalmente quando o público não consegue se conectar com os personagens e a história decide seguir por clichês que são mal empregados, e mais parecem copiar ‘O Chamado’ e ‘O Cemitério Maldito‘ de forma grosseira. No fim das contas temos um exemplar de filme de terror tão sem sal quanto a água da piscina em que nadam, e tão raso quanto uma poça de água no asfalto em dia quente! 

Fale Mais Sobre Isso

Ray Waller e sua família estão procurando um novo lugar para morar. Ele é ex-jogador de beisebol que teve que se aposentar cedo por conta de uma doença degenerativa. Assim, quando finalmente parecem encontrar a casa perfeita, descobrem uma piscina em seu quintal e após reforma, passam a aproveitar o espaço. Mas o que seria diversão em família passa a se tornar um pesadelo quando estranhas forças sobrenaturais parecem emergir da piscina em busca de algo! 

Expandindo para ser sem graça

Bryce McGuire é quem dirige e também assina parte do roteiro adaptando o curta-metragem de mesmo nome em que também atuou como co-diretor, porém o resultado satisfatório da obra original não se repete aqui! 

O que encontramos é uma obra de terror genérica, sem qualquer tipo de conexão com o público que perde a chance de criar algo que realmente carregasse personalidade. Apesar do elemento principal, que é a piscina, ser bem filmada e se tornar muito maior em tela, além de assustadora, principalmente nas sequências noturnas, esses bons momentos são tão escassos que do segundo pro terceiro ato o único sentimento é que tudo acabe logo.

E assim adentramos aquele momento onde temos uma personagem “professor enredo” tentando dar dicas do que ocorre, uma pesquisa que facilmente poderia ter sido feita antes da compra da casa e um encontro com uma figura que em nada acrescenta na trama, comentando coisas que os personagens já não soubessem.

A partir disso é um festival de CGI mal empregado, aparições fantasmagóricas saídas direto de consoles de videogame da geração passada com gráficos duvidosos, e nenhuma vítima. Sim, a piscina é uma entidade em si e pelo visto esqueceram do principalmente elemento em filmes de terror: Mortes criativas! 

No fim das contas, nem o drama familiar raso, nem o terror amador conseguem nos fazer aproveitar o que ‘Mergulho Noturno’ pretendia entregar! 

Foto: Mergulho Noturno / Divulgação: Universal Pictures Brasil

“Marco… Polo…”

A brincadeira de “Marco Polo” é simples! Alguém de olhos fechados, ou vendados, precisa encontrar os demais à medida que grita “marco”, e os demais respondem com “polo”! Isso ocorre na piscina da família Waller com a filha mais velha e seu namorado. Enquanto, do outro lado da tela era o que a gente também fazia, mas na tentativa de encontrar o terror! 

Deste modo, ‘Mergulho Noturno’ não tem sequer qualquer construção para que realmente venhamos a desejar que aqueles personagens sobrevivam. Pois nenhuma figura é carismática ou cativante o suficiente. Vide Wyatt Russell que continua insípido em suas atuações e que aqui consegue se superar para que liguemos o sentimento de “não me importo” com seu protagonista do começo ao fim.

E nessa jornada que bebe de clássicos como ‘O Cemitério Maldito’ e o ‘O Chamado’ não temos qualquer resquício de personalidade. O que nos faz aproveitar muito mais os quase três minutos do curta original, do que as quase duas horas de uma família nada interessante com sua piscina assombrada.

No fim das contas temos um exemplar de filme de terror tão sem sal quanto a água da piscina em que nadam, e tão raso quanto uma poça de água no asfalto em dia quente! 

Foto: Mergulho Noturno / Divulgação: Universal Pictures Brasil

E Vale o Ingresso?

‘Mergulho Noturno’ é uma produção que comprova que nem toda história precisa se tornar um longa-metragem. Pois o que temos é um resultado abaixo do que a obra original entregou. Principalmente quando o público não consegue se conectar com os personagens e a história decide seguir por clichês que são mal empregados, e mais parecem copiar ‘O Chamado’ e ‘O Cemitério Maldito’ de forma grosseira.

No fim das contas temos um exemplar de filme de terror tão sem sal quanto a água da piscina em que nadam, e tão raso quanto uma poça de água no asfalto em dia quente! 

‘Mergulho Noturno’ está em cartaz no Cine A

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