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Cemitério Maldito: A Origem | Crítica

Cemitério Maldito: A Origem | Crítica

Cemitério Maldito ganha seu filme de origem

Stephen King, o mestre do terror na literatura, continua sendo um dos autores mais adaptados para outras mídias, como cinema e séries de televisão. E entre muitos erros, e acertos quase que pontuais, as produtoras que detém os direitos de algumas obras sempre encontrarão um jeito de fazer ainda mais dinheiro com o legado de King, nem que para isso tenham que recorrer a velha tática de Hollywood dos filmes de origem!

Dito isso, ‘Cemitério Maldito: A Origem’ chegou ao Paramount+ entregando uma boa história que consegue ampliar certos pontos da história de Stephen King de uma maneira assertiva! Ao pautar a narrativa mais no mistério do que nos sustos em si, o longa acerta muito mais do que o remake de 2019 e consegue dar um fôlego competente a franquia! Não que seja um espetáculo do gênero do horror, mas ao honrar decentemente o material original, esta uma das poucas produções que procuram dar explicações de como tudo começou que realmente consegue se encaixar com a proposta inicial! 

Fale Mais Sobre Isso

Jud Crandall é um jovem que está saindo da sua cidade natal, Ludlow, ao lado de sua namorada Norma. Porém quando um acidente os tira do trajeto, coisas estranhas começam a acontecer, podendo estar conectadas com o retorno de um amigo de Jud, Timmy, da guerra. Assim, tentando entender o que está acontecendo, o jovem começa uma investigação que irá revelar o que se esconde na floresta e no cemitério de animais que não pode ser adentrado. 

Vasculhando o cemitério

Lindsey Beer comanda a produção que chegou diretamente ao Paramount+ (Que diga-se de passagem está com uma confusão de títulos para o filme). A diretora consegue estabelecer uma linha interessante entre o que já conhecemos, com as informações novas que serão introduzidas nessa história, e essas ideias encontram um equilíbrio competente.

Desta forma, a condução do longa não se apoia nos sustos fáceis e sim numa atmosfera que vai criando a tensão ao longo da narrativa. De cara entendemos quem esteve no cemitério e porquê, mas os personagens ainda não, e assim, toda apreensão do que está para acontecer funciona para nos ater aos acontecimentos.

E aqui não há economia de sangue! Apesar dos cortes em algumas cenas, justamente pela classificação indicativa do longa, há um bom uso desses recursos, sendo que a sequência em que um grupo enfrenta um dos “retornados” do cemitério de animais é executada com precisão, mesclando ação e terror! 

Talvez o que venha divergir na produção sejam os caminhos que nos levam até as explicações e o desfecho, pois tudo parece um tanto quanto facilitado e até absurdo, mas ao abraçar o que é possível ou não dentro das obras de Stephen King, a adaptação acerta em maior porcentagem do que realmente comete erros! 

Sendo uma das poucas produções, que procuram dar explicações de como tudo começou, que realmente consegue se encaixar com a proposta inicial!

Foto: Cemitério Maldito: A Origem/ Divulgação: Paramount+

Às Vezes a Morte é Melhor

A perda de um ente querido nunca é tão simples e em todos os longas de ‘Cemitério Maldito’, essa dor acaba se convertendo em maldição para quem busca adentrar a terra que não deve ser pisada! 

Logo, a narrativa mergulha no passado da cidade, na forma como os indígenas americanos foram explorados e mortos pelos “colonizadores” e por isso, ao despertarem algo antigo, Ludlow se tornou uma cidade amaldiçoada e todos aqueles que vão até o cemitério de animais tentando encontrar consolo de sua perda, acabam retornando com algo ainda pior.

Isso faz com que a história nos mostre pontos interessantes, como a pressão norte-americana por uma juventude que lutasse nas guerras do seu país e o quanto cidades como essas carregam a cultura do racismo contra os povos originários, e a partir disso, todos os acontecimentos veem à tona!

E por mais que alguns pontos pareçam simples demais, o texto se encaixa com elementos de outros longas, ou citados previamente em algum momento. Principalmente pelo fato da obra adaptar parte essencial do que Stephen King escreveu. Dadas as devidas alterações e mecanismos para dinamizar, ‘Cemitério Maldito: A Origem’ se faz muito melhor que o remake de 2019!

Foto: Cemitério Maldito: A Origem/ Divulgação: Paramount+

E Vale a Pena Assistir?

‘Cemitério Maldito: A Origem’ entrega uma boa história que consegue ampliar certos pontos da história de Stephen King de uma maneira assertiva!

Ao pautar a narrativa mais no mistério do que nos sustos em si, o longa acerta muito mais do que o remake de 2019 e consegue dar um fôlego competente a franquia! Não que seja um espetáculo do gênero do horror, mas ao honrar decentemente o material original, esta uma das poucas produções que procuram dar explicações de como tudo começou que realmente consegue se encaixar com a proposta inicial! 

Ou seja, desta vez “a origem” faz sentido e nos faz entender que a morte às vezes é melhor, principalmente em Ludlow!

‘Cemitério Maldito: A Origem’ está disponível no Paramount+

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