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Filmes – Geek Guia https://www.geekguia.com.br O Seu Manual da Cultura Pop! Wed, 21 Feb 2024 23:33:38 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://i0.wp.com/www.geekguia.com.br/wp-content/uploads/2022/03/cropped-gg-logo-12@2x-8.png?fit=32%2C32&ssl=1 Filmes – Geek Guia https://www.geekguia.com.br 32 32 179170489 Ferrari | Crítica https://www.geekguia.com.br/ferrari-critica/ https://www.geekguia.com.br/ferrari-critica/#respond Wed, 21 Feb 2024 23:33:38 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16280 Ferrari tinha tudo para chegar bem na linha de chegada, mas acaba derrapando.

Toda criança que gosta de carros já sonhou com um carro vermelho. Ferrari é um das marcas mais conhecidas do mundo e isso é inegável, mas todos sabem a origem dessa fabricante dos sonhos?

Em Ferrari, o diretor Michael Mann (diretor de “Inimigos Públicos” e “O Último dos Moicanos”) tenta nos deixar a par da vida de Enzo Ferrari e sua mente brilhante (ou não) que alavancou a marca!

É mesmo um filme de automobilismo?

O ano era 1957 e Enzo Ferrari (Adam Driver) vivia um casamento em crise com Laura Ferrari (Penélope Cruz), já que ambos nunca superaram a morte do filho único, Dino Ferrari. Mais do que isso, ela culpa o marido pela morte do primogênito. Mas Enzo, apesar disso, vive um romance com Lina Lardi (Shailene Woodley) onde o mesmo aparenta ser bem mais feliz.
Ah, para complicar ainda mais a sua empresa está perto da falência cujo a única solução viável a curto prazo seria vencer a corrida de estrada chamada Mille Miglia, percorrendo 1.000 milhas pela Itália.

Perceberam que falei sobre corridas por último? É porque parece que o filme é isso mesmo: É um filme falando sobre o Homem Ferrari e não sobre a Máquina Ferrari.

E nem chega muito perto de uma cinebiografia em si, pois realmente foca no ano de 1957 que era o decisivo para a montadora. Não fala sobre a infância do Enzo, não cita explicitamente sobre a morte do Dino, não mostra como Laura e Enzo se conheceram ou algo do tipo.

Então, já avisando que se você é fã de automobilismo não vá criando muitas expectativas indo ao cinema.

Foto: Ferrari / Divulgação: Diamond Films Brasil

Derrapando, mas chegando na linha de chegada

Uma das coisas que mais me incomodaram é um filme ser sobre a escuderia italiana, ambientado em Modena e tudo mais, e infelizmente quantos atores italianos vemos na trama? Pois é, fica o questionamento.

A Americanização aqui é percebida nitidamente quando vemos um Adam Driver arranhar tão bem em italiano quanto qualquer um de nós depois de uma sessão de vídeo aulas. Não criticando a atuação do Driver em si, que realmente deu a vida, o charme e está quase irreconhecível na figura do Enzo, mas é que falta essa identidade dele com a língua, entendem?

Por outro lado, Penélope Cruz fez um dos seus melhores papeis recentes dando vida a uma mulher que sempre estará em pedaços por dentro pela perda do filho. Uma esposa que sabe da traição do marido, mas que abafa o caso e também digamos que uma empresária com ambições que tem 50% da empresa, e decide acreditar no homem com quem já dividiu a vida para saírem juntos do fundo do poço. Digo mais: O filme foi lançado em uma época muito ruim, pois com seu papel no mínimo ela seria lembrada com indicações em alguns festivais e premiações.

Mas calma, sim, há cenas de corrida e que são ótimas!

A sonorização foi impecável, aquele ar rústico da época desde o desenho dos veículos aos equipamentos de proteção, e os riscos de correr naqueles anos também estiveram presentes, e disso não podemos reclamar. Na verdade, podemos reclamar sim, pois poderiam estar presentes em mais minutos do filme!

Ah, se você também gosta de ufanismo, saibam que o ator brasileiro Gabriel Leone aqui é o personagem Alfonso de Portago que tem um papel muito importante mesmo na trama (mais para o final, mas importante de qualquer modo).

Foto: Ferrari / Divulgação: Diamond Films Brasil

E vale a pena?

Dando minha opinião como fã de corridas e automobilismo num geral, eu digo que há outros filmes sobre o gênero mais memoráveis do que este aqui!

Dando minha opinião com um olho critico num todo, este é um filme divertido a sua maneira: Tem relacionamento familiar, tem doses de tensão, e tem ação, quando se destacam as corridas! A ambientação ficou ótima e o trabalho de som e caracterização da época idem.

No fim, como Enzo diz em um dos seus melhores diálogos “dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Não ao mesmo tempo” e é mais ou menos isso: O filme é ótimo? Não é. Mas também não é de se jogar fora.

Ferrari está em exibição nos Cine A!

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Madame Teia | Crítica https://www.geekguia.com.br/madame-teia-critica/ https://www.geekguia.com.br/madame-teia-critica/#respond Thu, 15 Feb 2024 19:38:31 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16267 Madame Teia é uma grande caricatice mal executada, porém divertida!

O universo cinematográfico do Homem-Aranha na Sony possui um caráter muito duvidoso! Produções em baixo orçamento que acabam conquistando o público se tornaram uma marca e por incrível que possa parecer, o estúdio continua a produzir novas obras com personagens que não estão no panteão da Marvel, com a qual a parceria continua! Desta vez, por uma hora e quarenta minutos mergulhamos em uma “caricatice” tão mal executada, que chega a ser divertida, e mesmo que os críticos digam que não vale o ingresso gasto, a sala lotada no último dia caba dizendo o contrário.

Assim, ‘Madame Teia’ é uma adição ao universo da Sony que mais parece um filme realizado por um fã que estava disposto a contar uma história de origem de um jeito “diferente”, mas que em sua concepção tem total sentido, e que na prática beira o constrangedor. E nessa execução tão duvidosa e nada coesa, sobram boas intenções e ideias, pois o material final requer uma boa dose de empatia por parte de quem assiste. Contudo, em meio a comentários acalorados de como se fazer cinema, diferentes figuras que surgem expert em roteiro e o famoso nerd que precisa encontrar um jeito de inviabilizar obras realizadas por, e com mulheres, podemos dizer que se você for ao cinema sem a expectativa pelo filme do século ou que irá mudar o gênero, é provável que você encontre a diversão entre a bizarrice. E foi o que aconteceu conosco! 

Fale Mais Sobre Isso

Cassandra Webb é uma paramédica que vive uma vida normal e longe de qualquer contato com outras pessoas. A mãe morreu ao dar a luz, e por isso carrega diferentes traumas do seu passado. Porém quando a jovem passa a ter visões de futuro envolvendo três adolescente, Cassandra passa a protegê-las de um homem que as quer morta, e essa mesma figura possui total conexão com seu passado, e os poderes que estão despertando! 

Insira aqui o meme: “Vai roteiro, faz um filme aí”!

Um dos discursos mais comuns quando produções como esta surgem é sobre o roteiro. Sobre as falhas, as inconsistências, os diálogos, a construção da trama, como se sozinho o roteiro fosse capaz de construir um filme de duas horas de duração. Obviamente que não se pode omitir os erros cometidos, mas nem sempre tudo é o desastre construído em discursos inflamados.

Logo, S. J. Clarkson comanda a produção e podemos dizer que ela executou o que foi proposto. Era para ser um filme de origem de herói, então temos um filme que segue a cartilha como tal. Ponto a ponto até o ato final onde temos o auge dos poderes da protagonista.

Mas o caminho até isso é tortuoso. A edição é mal executada, os cortes são secos, diretos e as transições não funcionam. O posicionamento de câmera é confuso, o que não nos deixa focar em certos momentos importantes, o mesmo podemos dizer dos efeitos visuais que são precários.

Toda da parte técnica beira o amadorismo, porém, para quem já viu muita coisa sendo realizada nesses universos, o jeito é ligar o botão do “foda-se” e começa a rir com, e do que está sendo visto. A partir disso a produção ganhou novos ares na sessão!  Mesmo com todo esse imbróglio de direção e execução, Madame Teia encontra na caricatice, nos instantes cafonas e no senso de não precisar ser o “melhor filme de herói de todos os tempos”, o melhor caminho para continuar.

E quando você menos espera a atmosfera bizarra acaba capturando você! Obviamente se o seu coração e mente estiverem abertos para isso! 

Foto: Madame Teia / Divulgação: Sony Pictures Brasil

“Esse é o pior filme que heróis que existe”

Calma crítico de cinema que está com raiva acumulada, e você também leitor que precisa de pequenos motivos para destilar um ódio em cima de produção de um personagem de quadrinhos. O fato é que Madame Teia não está querendo reinventar gêneros, tão pouco ditar tendências, o que se pretende aqui é lucrar, e isso é o que encontramos nessa indústria.

Desta forma, a narrativa do longa é uma grande confusão que mais parece episódica! Em momentos é possível sentir aquela falta do corte para tela preta esperando o comercial, pois a linearidade dos fato é muito estranha! 

E do nada temos um táxi roubado mais utilizado que Uber, uma lanchonete no meio de uma floresta, uma viagem para um país latino-americano que mais parece ter saído das novelas da Glória Perez, e motivações que não fazem qualquer sentido, já que a construção dos personagens é praticamente nula.

Por isso ele é o pior filme de heróis existe? Não!

O início dos anos 2000 nos entregou pérolas como Elektra, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado e Justiçeiro: Em Zona de Guerra, e nada mais justo que trazer essas lembranças direto do limbo da caçamba de lixo da Marvel que Kevin Feige não quer revirar! Deixando claro que produções de gosto duvidoso envolvendo super-heróis sempre existiram e irão existir. Principalmente pelo fato de que ao adaptar quadrinhos, por mais sombrio ou realista que se deseje ser, estamos falando de pessoas usando roupas apertadas combatendo vilões de formas absurdas. 

No fim das contas, você vai rir de caracterizações estranhas, dos diálogos, das tomadas de decisões incoerentes e de um desfecho que mais parece um encontro de drags que buscavam homenagear o Homem-Aranha! Por isso, toda essa caricatice nos arrancou risadas, então fica impossível massacrar algo que em sua essência sabe que não é uma maravilha e tão pouco demonstra estar apegado a isso! 

Foto: Madame Teia / Divulgação: Sony Pictures Brasil

E Vale o Ingresso?

‘Madame Teia’ é uma adição ao universo da Sony que mais parece um filme realizado por um fã que estava disposto a contar uma história de origem de um jeito “diferente”, mas que em sua concepção tem total sentido, e que na prática beira o constrangedor. E nessa execução tão duvidosa e nada coesa, sobram boas intenções e ideias, pois o material final requer uma boa dose de empatia por parte de quem assiste.

Contudo, em meio a comentários acalorados de como se fazer cinema, diferentes figuras que surgem expert em roteiro e o famoso nerd que precisa encontrar um jeito de inviabilizar obras realizadas por, e com, mulheres, podemos dizer que se você for ao cinema sem a expectativa pelo filme do século ou que irá mudar o gênero, é provável que você encontre a diversão entre a bizarrice. E foi o que aconteceu conosco! 

E verdade seja dita, este não é o pior filme de heróis de todos os tempos, e um simples “google” poder revelar isso! 

Madame teia está em cartaz no Cine A 

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Bob Marley: One Love | CRÍTICA https://www.geekguia.com.br/bob-marley-one-love-critica/ https://www.geekguia.com.br/bob-marley-one-love-critica/#respond Thu, 15 Feb 2024 14:51:36 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16259 ‘Bob Marley: One Love’ é uma cinebiografia que foca na mensagem e não no homem em si

Todo mundo conhece Bob Marley! Falou em Jamaica? Falam de Bob. Falou em dreads? Bob Marley. Ironicamente, e preconceituosamente, quando falam de uso de maconha também falam do Bob. Mas todo mundo sabe o que foi este homem para a história do seu país e para o mundo do reggae e da música?

O filme “Bob Marley: One Love” tenta nos apresentar quem foi esta figura e será que deu certo?

De 1976 a 1978

Já começo falando isso: Não espere uma cinebiografia contado a história do personagem principal de sua infância até seu último dia de vida!

A trama começa em 1976, que precisamos contextualizar, era um período de intensos conflitos onde traficantes comandavam as ações na Jamaica depois que o país conseguiu a independência do Reino Unido. Dito isso, Bob Marley (Kingsley Ben-Adir) está prestes a se apresentar no Smile Jamaica, festival que tinha intenção de acalmar a população.
Até aconteceu um atentado contra sua vida e membros da sua banda The Wailers, mas nada impediu que o homem subisse no palco na missão de tentar transmitir a paz.

Mas não deu certo. Não totalmente!
Segundo conselhos, Bob acabou se “exilando” em Londres onde no período fora de sua terra natal começou a escrever músicas que mais tarde viriam a compor seu álbum mais famoso “Exodus” lançado em 1977, onde as canções misturavam politica, amor e liberdade. Ganhando ainda mais fama e notabilidade, o cantor e banda fizeram um turnê pela Europa e EUA, e retornando para Jamaica em um show memorável em 1978.

Ou seja, a grande trama do filme acontece ao longo de 3 anos que foram intensos e memoráveis para o mundo da música!

Foto: Bob Marley – One Love / Divulgação: Paramount Pictures Brasil

Acima do homem está o símbolo

O filme desafina em algumas partes!

Focando apenas nos 3 anos antes aqui citados sabemos muito pouco sobre a vida do Bob antes da fama. Sabemos por meio de flashbacks que ele foi abandonado pelo pai e também como ele conheceu sua esposa Rita (Lashana Lynch). Mas são flashbacks soltos em cenas aleatórias, sabem? Outra coisa: o elenco pode ter vários atores jamaicanos, mas escolheu como personagens principais atores britânicos. Não é uma crítica em si, apenas uma observação.

Apesar disso, uma das grandes sacadas do filme foi a escolha do Kingsley Ben-Adir como o ator a interpretar o Bob. As semelhanças físicas com o Rei do Reggae são impressionantes e o mesmo transmitiu o carisma de forma igual. Aliás, Bob dizia que não buscava os lucros desde que pagassem sua banda pois o que ele queria mesmo era espalhar sua mensagem de paz, liberdade e amor. O mesmo também sempre pregava a palavra de Rastafari, movimento religioso afrojamaicano que tinha como líder o Haile Selassie (Jah).

Talvez, uma das controversas do Bob seja dizer que não apoiava partido X ou Y em seu país. De certa forma suas músicas sempre tiveram um tom politico, uma ideologia pregando a liberdade de seu povo, o fim da opressão e pobreza que assolava seu país.

E acho que isso é algo que falta hoje em dia para muitos artistas (alguns tratados como ídolos): Se posicionar sobre o seu ideal, buscar transmitir através da música seus pensamentos e não somente lucros ou likes na internet. O álbum Exodus foi considerado o melhor do século XX pela revista Time, então sugerimos que o ouçam depois da leitura deste artigo.

O filme não conta sobre a morte do Bob Marley em si, mas traz alguns pontos importantes e cruciais que mais tarde culminaram na morte do cantor e compositor em 1981.

Foto: Bob Marley – One Love / Divulgação: Paramount Pictures Brasil

E vale a pena?

Talvez o filme peca por não contar uma história mais profunda do Bob e por também meio que jogar “tudo de bom” que o mesmo fez nos anos de 76 a 78 meio que mostrando ao telespectador que ele era somente aquilo, como um homem sem defeitos (sem inimigos é inevitável, já que até atentado ele sofreu).

Mas o filme, sobretudo as letras das músicas, passam uma mensagem reflexiva tão bom no sentido de que podemos e devemos buscar a paz, respeitar o próximo e as vezes só curtir o momento pois tudo é breve e passageiro.

E como sabemos, o homem pode morrer, mas suas ideias são para sempre, e até hoje Bob Marley e Jamaica são conhecidos no mundo todo!

“Bob Marley: One Love” está em exibição no Cine A!

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A Cor Púrpura (2024) | Crítica https://www.geekguia.com.br/a-cor-purpura-2024-critica/ https://www.geekguia.com.br/a-cor-purpura-2024-critica/#respond Thu, 08 Feb 2024 19:22:12 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16239 A Cor Púrpura é a nova versão do clássico da década de oitenta e do famoso musical

Realizar adaptações de materiais que se tornaram icônicos dentro da cultura pop não é uma tarefa simples. Existem inúmeras formas de conduzir novas versões, e muitas vezes de forma não justificada essas obras assumem aspectos nada atrativos. Por isso é necessário entender como, de que forma e se o que está sendo realizado irá funcionar na tela grande. E não basta apenas ter um elenco carismático e canções bem escritas, se faz importante conduzir a narrativa de forma dinâmica. Então, aqui não temos esses elementos? Sim, temos, mas poderia ser bem melhor!

Desta forma, ‘A Cor Púrpura’ chega aos cinemas reinventando o clássico de 1985, porém o longa parece não entender o formato em que se encontra, apesar do elenco carismático, e canções emocionantes. Essa nova versão possui força em sua protagonista, na musicalidade cativante, mas se perde tecnicamente em sequências mal direcionadas e cortes que não funcionam para o cinema. O resultado é mais do que importante e essencial em sua mensagem, porém na sua estrutura falta um apuro que realmente venha condizer com o que o marketing apresenta para o público! 

Fale Mais Sobre Isso

Celie é uma jovem negra que desde muito cedo precisa lidar com as dores e os abusos que sofre. Ao ser entregue para ser esposa de Mister, a garota passa a vivenciar ainda mais momentos de violência. E com a irmã partindo, o que lhe resta é apegar a esperança de que um dia irão se reencontrar. Logo, com a chegada da cantora Shug Avery a cidade, e a presença da esposa de seu enteado, Sofia, Celie vai encontrando forças para continuar a vida e enfrentar seus medos! 

É uma reinvenção, mas…

Blitz the Ambassador é quem comanda a produção que tem como base a peça da Broadway que é baseada no filme de 1985 que adaptava o livro de Alice Walker. Sim, essa reinvenção do clássico em 2024 possui outras versões já bem estabelecidas e aqui parece não saber ao certo como conduzir essa história, quando o assunto não é musical.

A direção sabe dar a potência e a grandiosidade aos números musicais de fato, transformando cada sequência em um espetáculo diante de quem assiste. Da canção inicial sobre ir à igreja até o solo final cativante Celie fica perceptível o cuidado em tornar as canções envolventes como se estivéssemos no teatro.

Contudo encontramos no caminho até esse ponto a fraqueza da produção!

Os cortes abruptos para os números musicais, as transições que não funcionam e um primeiro ato que demora a encontrar o ritmo adequado, não fazem jus ao que o longa pretende transmitir. Sim, a narrativa estabelece de maneira exímia a mensagem, a importância e a relevância de cada acontecimento, porém ao diretor falta dinamismo e um certo toque de criatividade, e isso faz com que o filme não pareça entender o formato que está lidando nessa versão. E por mais que não queira, soa como um “copia e cola” do musical dos palcos! 

Obviamente que isso causa um certo estranhamento para alguns, mas no todo, é um verdadeiro espetáculo de emoções. Principalmente quando temos o trio formado por Fantasia Barrino, Taraji P. Henson e Danielle Brooks em tela. Celie, Shug e Sofia (respectivamente), nos fazem sorrir, chorar e emocionar a todo o momento. As lições aqui transcendem e reforçam ainda mais uma luta constante na sociedade contra o racismo, o preconceito e o papel da mulher negra na sociedade. É um recorte que encontra certo equilíbrio entre as aflições e dores da protagonista, e a esperança que torna as coisas leves.

Assim, a cada nova sequência em que o trio se encontra, a história contorna as falhas para nos conquistar! 

Foto: A Cor Púrpura (2024) / Divulgação: Warner Bros. Brasil

É sobre esperança

Celie enfrenta os abusos do marido, a dor do desaparecimento da irmã e a esperança de um dia encontrar seus filhos. Ao longo do tempo, e com a amizade de Sofia e Shug Avery, ela encontra força, voz e o sorriso que tanto escondia. E assim a sua jornada passa a mudar.

A narrativa deste ‘A Cor Púrpura’ demonstra esperança daquilo que tanto almejamos, e as dores da protagonista nos fazem desejar isso tanto quanto ela. O texto se encarrega de intensificar suas perdas, as lutas constantes e procura pelo lugar que tanto lhe pertence.

Desta forma, vai passando ao longo das décadas mostrando o quanto mulheres negras estiveram à margem de uma sociedade que as sempre viu como serviçais. Logo, as figuras de Shug e Sofia são essenciais para que Celie descubra em si a força que tanto lhe foi negado, ou dito que ela não possuía. E a cada nova canção isso se torna ainda mais palpável em tela.

Assim, esta é uma produção onde o elenco supera os deslizes técnicos, nos fazendo abraçar a história. Lógico que para os mais exigentes isso tem que ser contestado, mas quando Fantasia Barrino canta “I’m here” percebemos que a mensagem foi transmitida, ainda que por cima de discrepâncias de direção! 

Foto: A Cor Púrpura (2024) / Divulgação: Warner Bros. Brasil

E Vale o Ingresso?

‘A Cor Púrpura’ reinventa o clássico de 1985, porém parece não entender o formato em que se encontra, apesar do elenco carismático, e canções emocionantes.

Essa nova versão possui força em sua protagonista, na musicalidade cativante, mas se perde tecnicamente em sequências mal direcionadas e cortes que não funcionam para o cinema. O resultado é mais do que importante e essencial em sua mensagem, porém na sua estrutura falta um apuro que realmente venha condizer com o que o marketing apresenta para o público! 

Logo, esta é uma produção onde o elenco supera os deslizes técnicos, nos fazendo abraçar a história. Lógico que para os mais exigentes isso tem que ser contestado, mas quando Fantasia Barrino canta “I’m here” percebemos que a emoção foi transmitida!

‘A Cor Púrpura’ está em cartaz nos cinemas!

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Argylle – O Superespião | Crítica https://www.geekguia.com.br/argylle-o-superespiao-critica/ https://www.geekguia.com.br/argylle-o-superespiao-critica/#respond Sun, 04 Feb 2024 16:01:13 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16199 Argylle – O Superespião é a mais nova produção do diretor Matthew Vaughn (Kick-Ass, Kingsman) no gênero que ele tanto gosta: espionagem. 

Fale Mais Sobre Isso

Prometendo ser o início de uma nova trilogia de filmes de espião e a segunda trilogia de um universo compartilhado com Kingsman, e outra produção ainda não anunciada, Argylle segue Elly Conway, uma escritora de romances sobre um agente secreto que tem a missão de desvendar um sindicato global de espionagem. Porém, quando seus livros começam a refletir as ações secretas de uma organização secreta da vida real, a linha entre ficção e realidade começa a ficar confusa e vida da escritora é colocada a risco.

Vamos dizendo a verdade

Acho que posso começar falando um pouco sobre o marketing “enganador” do filme.

Grande parte da propaganda do filme foi feita em cima de Dua Lipa, ela está em grande parte do trailer, está quase no centro do pôster, mas no filme? Digamos que os créditos iniciais de distribuição e produção têm mais tempo de tela do que cantora. Então, se você é fã de Dua Lipa, não espere muita coisa.  Ariana DeBose, vencedora do Oscar Ariana DeBose, também está sendo muito utilizada na promoção do filme, assim como John Cena, amos estão dando milhares de entrevistas sobre, aparecem bastante nos trailers, mas se eles tem dez minutos de cena, somados, é muito. E o filme tem mais de duas horas de duração. Duas horas e dezenove minutos para ser exata.

E essa duração é o primeiro grande erro do filme. Você sente o tempo de duração dele. O início te pega, mas a medida que chegamos ao segundo ato, tudo começa a ficar um pouco “repetitivo”. O filme escrito por Jason Fuchs tem umas dez reviravoltas diferentes e, algumas são legais, mas depois da segunda você já está cansado, e o terceiro ato é basicamente isso, reviravolta atrás de reviravolta atrás de reviravolta.

Na minha crítica sobre a primeira temporada de Percy Jackson, falei um pouco sobre os efeitos visuais da série e me impressiona o fato de que esse filme tem efeitos visuais muito, mas muito inferiores a uma série de streaming. E eles ficaram ainda piores quando descobri que esse filme teve um orçamento de 200 milhões de dólares. Sim, 200 milhões de dólares. Esse dinheiro foi todo pro elenco? Porque é a única explicação para um filme de orçamento tão alto ter efeitos visuais péssimos e piores que um filme lançado em 2010, como Kick-Ass, por exemplo.

 

Artificialidade técnica e diversão

Os cenários são todos tão artificiais, existe uma cena em que petróleo está envolvido e nossa protagonista passa em cima dele várias vezes, mas só suja sua bochecha. E o petróleo é tão falso, mas tão falso, que ela não estar suja nem incomoda tanto, porque olhamos para aquilo e falamos “Ah, não tava lá né.”

Apesar disso tudo, o filme é intrigante no início e ele diverte, se você aguentar e estiver no humor. Quatro pessoas da minha sala de cinema não estavam, saíram quando o filme tinha passado os noventa primeiros minutos e nunca mais voltaram. Mas, eu curti. Entrei esperando um filme divertido, recebi uma bobeira um pouco mal feita e me diverti. Porém, confesso que ele promete muito mais que entrega. 

Os atores estão bem, Bryce Dallas-Howard consegue brincar bastante com as diferentes situações que sua personagem enfrenta. Sam Rockwell está bem, nada mais que isso, o que é uma pena, pois eu gosto muito do trabalho dele e aqui parece que ele estava lá só para receber o cheque. Dua Lipa tem uma quantidade tão minúscula de tempo que não consigo nem comentar a atuação dela e todas suas cenas são em estúdio com chroma key. Um triste momento para nós, fãs. Ariana DeBose está maravilhosa, como sempre, em seus três ou quatro minutos de tela. Assim como John Cena, Sofia Boutella e Samuel L. Jackson. Os quatro entregam tudo e nos fazem desejar que estivessem lá por mais tempo.  Henry Cavil é Henry Cavil, não tem muito o que dizer. Só que a escolha de sua caracterização é um tanto quanto questionável.

E Vale o Ingresso?

Em sumo, Argylle – O Superespião não é nada de novo, não é o melhor filme de Matthew Vaughn, também não é o pior. Promete dar start em uma nova saga de espionagem no cinema, caso faça sucesso. Pelas críticas e opiniões dos espectadores, o futuro da franquia não é muito promissor. 

O filme contém uma cena pós-créditos, mas você só precisa esperar três minutos para ela. E também conta com o primeiro livro da saga de Elly Conway (que já existe até uma teoria de conspiração que é a Taylor Swift, ou a J.K Rowling).

Se quiser se divertir, ver gente bonita e não pensar em nada por mais de duas horas, esse filme é uma ótima escolha!

Argylle – O Superespião está em cartaz no Cine A

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Pobres Criaturas | Crítica https://www.geekguia.com.br/pobres-criaturas-critica/ https://www.geekguia.com.br/pobres-criaturas-critica/#respond Fri, 02 Feb 2024 00:55:45 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16175 Pobres Criaturas nos leva a uma jornada por conhecimento e autoconhecimento

Mensurar ‘Pobres Criaturas’, ou caracterizar,  apenas como uma versão de “Frankenstein” é um exercício que não condiz com tudo o que estamos presenciando em tela. Essa é uma daquelas experiências cinematográficas que mais se encaixam no termo “experiência”, pois a jornada da protagonista está apenas limitada em entender o mundo a sua volta, mas vivenciar cada situação, etapa, toque e sensação que ele é capaz de proporcionar. Por isso, esse não pode ser um longa limitado apenas a uma alegoria de seu texto, pois assim como a figura central da história, tem muito mais a oferecer! 

Logo, ‘Pobres Criaturas’ chega aos cinemas sendo uma jornada inquietante, perturbadora e arrebatadora por conhecimento, e autoconhecimento. Ao passo que entendemos de onde a figura principal vem e para onde ela começa a se direcionar, torcemos, ficamos tristes, preocupados e envolvidos com cada movimento, fala e questionamento de Bella Baxter. Assim, essa é uma daquelas experiências cinematográficas capazes de nos cativar, incomodar e ao mesmo tempo inebriar com o tanto de emoções dispostos em tela. E tudo isso através de atuações impecáveis e uma direção com diferentes olhares sobre alguém que não apenas quer encontrar seu lugar no mundo, mas sentir tudo o que ele pode oferecer! 

Fale Mais Sobre Isso

Bella Baxter foi trazida de volta a vida pelo Dr. Godwin Baxter! Aos poucos a jovem vai aprendendo, se desenvolvendo e crescendo em um mundo completamente novo. Mas Bella deseja mais, e para isso, decide se aventurar para entender, conhecer, e sentir o que está a sua volta, nos levando consigo em um caminho repleto de descobertas, sentimentos e sensações que ela jamais havia experimentado, mesmo que para isso seja necessário ir contra os costumes e a polidez de uma sociedade!  

Uma construção de Sentidos

Yorgos Lanthimos é quem comanda a produção de uma maneira interessante, inventiva, carregando as marcas da sua forma de contar histórias, além de conseguir não deixar o espectador indiferente a tudo o que ocorre!

O diretor nos leva por uma jornada surrealista, e ao mesmo tempo pautada em nossa cultura, afim de causar em quem assiste questionamentos, apreço e estranhamento de forma intensa, constante e direta! Para isso, os enquadramentos e o uso de lentes não tão convencionais para capturar suas sequências nos dão visões diferentes de situações que envolvem a protagonista, e os que estão a sua volta. E esse jogo de imagem se aprofunda nos debates, nas decisões e nos desdobramentos da história.

Tal história que não funcionaria se essa atmosfera etérea e inebriante em busca de conhecimento não estivesse alinhada ao excelente trabalho de design de produção, figurino e fotografia! 

Os momentos em preto e branco são cativantes, quando o colorido assume tudo ganha uma nova perspectiva e cada detalhes nas ambientações, nas representações gráficas no jeito de mostrar certos elementos, brinca entre o fantástico e o real brilhantemente! O que nos deixa ainda mais envolvidos quando a trilha sonora cresce, e diretor permite que seus personagens venham a nos conduzir através de diálogos profundos, ao mesmo tempo cômicos, e repletos de sentimentalismo.

Contudo há uma queda de ritmo nos quase 15 minutos finais, com uma certa “reviravolta”, algo que não parece funcionar tanto e que de igual modo, não atrapalha em nada o que já vivenciamos.

E tudo isso se deve principalmente pela presença de Emma Stone! A atriz faz de sua Bella Baxter um receptáculo de inocência, curiosidade, firmeza e crescimento. O espectador torce por ela, ri, e fica impressionado o quanto ela se dedica em suas descobertas. Desde o que ela presente estudar, até mesmo em suas experiências sexuais. Fazendo com que cada um desses pontos seja essencial para as camadas que sua personagem apresenta, e que nos conquistam até o final do longa.

 Foto: Pobres Criaturas / Divulgação: 20th Century Studios Brasil

Bella descobre o mundo e a si

Quando Bella entende, se vê presa! Não apenas no local onde vive, mas até mesmo com seu próprio corpo! Ela não pode sair de casa, ela não pode tocar a si mesma, pois uma jovem se masturbar não é nada polido. Assim chega o momento de sua liberdade, de pensamento, sexual, de sentimentos, na procura de conhecer tudo e quem é de verdade.

O texto de ‘Pobres Criaturas’ é justamente sobre entender, aprender, experimentar e seguir a jornada da forma como nos é melhor! E para isso Bella vai sentir os diferentes prazeres sexuais, conversar com diferentes pessoas, ser confrontada por sua posição diante dos outros que estão na sociedade, e assumir o papel que lhe é devido quando passa a ter conhecimento.

Nisso a narrativa vai construindo a protagonista numa verdadeira crescente. Desde sua postura, e forma de andar, passando pela fala, chegando as argumentações que colocam em voga o que foi estabelecido como absoluto. E lógico, a figura feminina reprimida desde que o mundo é mundo não é apenas uma pauta nas mais de duas horas de filme, mas a algo ser rompido, questionado e enfrentando de forma inteligente, e muito bem humorada. 

Bella torna o que é dito como complexo por uns, em algo simples a ser experimentado. E ela sente, vê, chora, fala, nos conduzindo nesse caminho de liberdade e libertação o tempo todo! 

No fim das contas, não há como sair aquém da sessão! Algo fica em seu pensamento, algo te faz maturar certas ideias. Ou seja, a jornada de Bella é provocativa na mesma proporção que cheia de descobertas! 

Foto: Pobres Criaturas / Divulgação: 20th Century Studios Brasil

E Vale o Ingresso?

‘Pobres Criaturas’ é uma jornada inquietante, perturbadora, sentimental e arrebatadora por conhecimento, e autoconhecimento.

Ao passo que entendemos de onde a figura principal vem e para onde ela começa a se direcionar, torcemos, ficamos tristes, preocupados e envolvidos com cada movimento, fala e questionamento de Bella Baxter.

Assim, essa é uma daquelas experiências cinematográficas capazes de nos cativar, incomodar e ao mesmo tempo inebriar com o tanto de emoções dispostas em tela. E tudo isso através de atuações impecáveis e uma direção com diferentes olhares sobre alguém que não apenas quer encontrar seu lugar no mundo, mas sentir tudo o que ele pode oferecer! 

‘Pobres Criaturas’ está em cartaz no Cine A

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Os Rejeitados | Crítica https://www.geekguia.com.br/os-rejeitados-critica/ https://www.geekguia.com.br/os-rejeitados-critica/#respond Thu, 25 Jan 2024 18:01:25 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16063 Os Rejeitados é uma das melhores produções que concorrem ao Oscar 2024

Histórias de professores que mudam completamente a vida de seus alunos no cinema existem aos montes. E por mais piegas que possam parecer, entregam momentos de deixar aquele bom sentimento em que assiste. Porém, nem sempre essas jornadas são totalmente plenas ou estão atreladas a transformações gigantes, ou realidade da sala de aula. Logo, não é necessário fazer uma grande revolução para conseguir chegar onde se quer no ensino, mesmo que para isso tenha que se enfrentar diferentes tipos de rejeições!

Desta forma, ‘Os Rejeitados’ chegou aos cinemas sendo uma melhores produções que concorrem ao Oscar 2024! E não espere aqui uma narrativa onde o professor irá motivar seus alunos difíceis para que aprendam lições importantes da vida, o foco está além da sala de aula. Assim, o desenvolvimento dos personagens, suas frustrações, perdas, temores e escolhas são o fio condutor em uma trama que nos envolve em seus diálogos, na presença de cada figura em tela e na forma como os relacionamentos se desenvolvem. Novamente, não tem ninguém aqui em cima de uma mesa dizendo “oh capitão, meu capitão”, apenas um professor, um aluno e uma cozinheira tentando encontrar o seu lugar no mundo. E isso nos faz percorrer um caminho de risadas e lágrimas de maneira cativante! 

Fale Mais Sobre Isso

A Academia Barton é uma das mais importantes do país, sendo um colégio preparatório interno. Chegando o final de ano, chega também o recesso, mas para um dos alunos será diferente. Angus não irá para casa da mãe e acaba ficando na escola com o professor Paul Hunham, e a cozinheira Mary. Porém o que mais parecia um castigo, acaba aproximando essas três figuras de uma maneira inesperada em uma jornada de descobertas para cada um.

O que a sala de aula não mostra

Alexander Payne é quem comanda o longa e certamente é um dos recortes mais interessantes, e dinâmicos, sobre a vida em sala de aula no cinema dos últimos tempos. Facilmente criam-se histórias que romantizam demais os aspectos que envolvem lecionar e ficam de lado todas as questões que constroem a figura que está a frente de sala. E aqui, não há nenhum “professor herói”, mas sim uma figura facilmente encontrada em qualquer escola.

Desta forma, tendo como pano de fundo da década de 70, Payne passa não apenas pela melancolia, ou sentimentalismo das datas de fim de ano para dar início ao seu longa, a escolha da trilha sonora, ambientação e fotografia sustentam ainda mais a ideia de isolamento e solidão, que logo abraçam o senso coletivo de maneira dinâmica e fluida.

Tudo isso graças aos personagens que o diretor conduz. O trio principal é o que mantém o carisma e a nossa atenção do começo ao fim do longa. Deste modo, a direção também não economiza em parecer piegas ou caricata demais ao apresentar cada um deles. O que pode até fazer o espectador pensar que são figuras unidimensionais. Contudo, Payne constrói o ritmo ao passo que vamos entendendo cada camada existente na personalidade de um professor, um aluno e uma cozinheira, e desse trio improvável encontramos os nossos heróis! Para mudar o mundo? Não, para encontrar o seu próprio caminho.

Assim, não é apenas um longa sobre uma escola, ou o ensino, é sobre o quanto a rejeição nos leva a decisões que outro não entende até se colocar no lugar de quem foi rejeitado.

E esses sentimentos crescem em tela graças ao brilhante Paul Giamatti, que faz de seu professor Hunham uma figura que amamos e odiamos ao mesmo tempo. Ao talentoso Dominic Sessa que com seu Angus é o contraponto assertivo para o discente. E a impecável Da’Vine Joy Randolph, que entre os dois se torna uma voz tão potente quanto sua atuação! 

Foto: Os Rejeitados / Divulgação: Universal Pictures Brasil

Um aluno, um professor e uma cozinheira entram em um restaurante

Angus não irá para casa da mãe no fim de ano. O professor Paul ficará na escola em que trabalha para cuidar de alunos que não irão para suas famílias nessas férias. E a cozinheira Mary está reunindo forças para continuar a vida após perder o único filho!

E são esses três personagens que te farão rir e chorar!

O texto de ‘Os Rejeitados’ percorre assuntos pertinentes, de uma maneira tanto internalizada quanto externa. Os sentimentos, as ambições e o que estão sentindo à medida que os dias passam, se torna um catalizador desses personagens em sequências que nos farão cativos diante da tela. Seja um diálogo sobre mentir, seja a dor de uma perda que não é possível aceitar tão fácil ou a tristeza de não poder mais estar com quem se ama!

Logo, as lições mais importantes são aprendidas de maneira coletiva. Cada um trio de protagonista foi relegado de algum modo, e aprender com isso é uma das tarefas mais difíceis o que rende ao espectador momentos que nos arrancam risadas, e logo em seguida, é possível uma lágrima escorrer.

No fim das contas, não são os conteúdos, as provas, ou as tarefas de casa o mais importante, mas o quanto as vivencias nos ajudam a construir quem somos todos os dias! 

 Foto: Os Rejeitados / Divulgação: Universal Pictures Brasil

E Vale o Ingresso?

‘Os Rejeitados’ é uma das melhores produções que concorrem ao Oscar 2024!

E não espere aqui uma narrativa onde o professor irá motivar seus alunos difíceis para que aprendam lições importantes da vida, pois o foco está além da sala de aula. Assim, o desenvolvimento dos personagens, suas frustrações, perdas, temores e escolhas são o fio condutor em uma trama que nos envolve em seus diálogos, na presença de cada figura em tela e na forma como os relacionamentos se desenvolvem.

Novamente, não tem ninguém aqui em cima de uma mesa dizendo “oh capitão, meu capitão”, apenas um professor, um aluno e uma cozinheira tentando encontrar o seu lugar no mundo. E isso nos faz percorrer um caminho de risadas e lágrimas de maneira cativante! 

‘Os Rejeitados’ está em cartaz nos cinemas

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Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo | Crítica https://www.geekguia.com.br/turma-da-monica-jovem-reflexos-do-medo-critica/ https://www.geekguia.com.br/turma-da-monica-jovem-reflexos-do-medo-critica/#respond Fri, 19 Jan 2024 01:32:23 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16085 Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo acerta no elenco, mas esquece de todo o resto

A Turma da Mônica vem de grandes acertos em suas adaptações! Com ótimos Laços ( 2019) e Lições (2021), além da série de 2022 que continua no mesmo nível de qualidade, não era de se surpreender que novas histórias fossem ser contadas do universo de Mauricio de Sousa, mas o que pegou todo mundo de surpresa foi a mudança de elenco para um novo ‘Turma da Mônica Jovem’, direto para o cinema, e uma história um tanto quanto confusa. No primeiro ponto até encontramos certos acertos, mas no segundo, não há como defender! 

Dito isso, ‘Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo’ acerta no elenco (com ressalvas), mas esquece de todo o resto. Com uma história mal desenvolvida, uma direção desconjuntada e uma edição que não sabe ao certo onde encaixar as cenas, o que poderia ser mais uma ótima adaptação para a lista de Mauricio de Sousa se torna apenas uma tentativa frustrada, e nada empolgante, de uma narrativa que tinha muito para render, se colocada nas mãos certas. E mesmo com figuras que se esforçam em cena para entregar as características dos personagens que conhecemos, não há como salvar a obra de um resultado nada empolgante! 

Fale Mais Sobre Isso

As férias acabaram e está na hora da turma encarar o primeiro ano do ensino médio. Mônica, Magali, Milena, Cebola e Cascão estão prontos para essa nova aventura. Porém quando o museu do Bairro do Limoeiro está prestes a ser fechado, a turma percebe que há muito mais envolvendo tudo isso. E assim, tentando encontrar meios de manter o local aberto, eles se envolvem em uma jornada contra criaturas sobrenaturais, magia e muito mistério.

Não foi dessa vez

Mauricio Eça é quem realiza a adaptação de Turma da Mônica Jovem, e precisamos deixar claro que as escolhas na forma de conduzir essa produção soam amadoras ao extremo!

Se em ‘Laços’ e ‘Lições’, o diretor Daniel Rezende soube como aproveitar toda atmosfera das histórias, e as referências a seu favor, e trabalhar tudo aquilo que Turma da Mônica representa para leitores jovens e mais velhos, aqui não encontramos nada além de uma tentativa de emular ‘Stranger Things’ com baixo orçamento, e uma realização vergonhosa que joga easter eggs sem qualquer cuidado! 

A direção e a montagem do longa parecem não dialogar em nenhum momento. Sem contar que o roteiro sequer apresenta qualquer contexto que vá além do Ensino Médio. Ok, eles estão crescidos, mas é o mesmo universo? É o mesmo ambiente? O que pode mudar aqui?

Nenhuma dessas respostas é respondida para o grande público e por isso é necessário também enfatizar que essa linha de raciocínio é o básico, tanto para construção narrativa, quanto para divulgação. E isso não ocorre. Fazendo com que a trama conte com o conhecimento prévio do público para certos aspectos, entretanto vale também lembrar que a Turma da Mônica clássica ganhou modificações em sua fase Jovem, e nem isso é respeitado aqui.

Deste modo, somos levados por um festival de cenas cortadas de forma abrupta, efeitos visuais mal empregados, atuações mal conduzidas e que nitidamente poderiam ter sido melhor conduzidas, e muitas informações que partem de um mistério para ser solucionado com frase de efeito! 

Por isso, e infelizmente, deixemos claro que ‘Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo’ é uma adaptação ruim! 

Foto: Turma da Mônica Jovem – Reflexos do Medo / Divulgação: Imagem Filmes

Magia, mistério e um público perdido

Falei de contexto acima, pois no cinema em que eu estava vários pais, com seus filhos em férias, compraram ingressos para o filme e muitos se questionavam que elenco era esse e o porquê da produção ter esse título. Ou seja, é o público que pouco vê notícias de cultura pop, mas quer aproveitar uma sessão com os filhos precisa sim ter a história contextualizada para aproveitar a experiência! E o roteiro de ‘Reflexos do Medo’ esquece isso completamente.

Isso fica nítido quando a protagonista demora quase cinco minutos para aparecer em tela, sendo que todas as apresentações não dão o tom certo da personalidade de quem estamos vendo. Fazendo com que os novos atores que constroem a turma jovem precisam se esforçar ainda mais com um texto raso! 

E cabe a Théo Salomão (Cascão), Xande Valois (Cebola) e Bianca Paiva (Magali) por muitas vezes segurarem o ritmo e darem o tom para o que ocorre, o trio é o destaque e o melhores em cena. Já Sophia Valderde tem seus momentos, mas nem sempre com grandes acertos. Além disso, Carol Roberto (Milena) e Yuma Ono (DC) são limitados em seu tempo de tela que pouco podemos capturar do que querem entregar. Ou seja, o elenco contribui para aventurar acontecer, só que a parte técnica não! 

No fim das contas, o mistério não é interessante, a jornada dos personagens precisa de maiores camadas e o roteiro sem contexto deixa tudo a desejar! 

Foto: Turma da Mônica Jovem – Reflexos do Medo / Divulgação: Imagem Filmes

E Vale o Ingresso?

‘Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo’ acerta no elenco (com ressalvas), mas esquece de todo o resto.

Com uma história mal desenvolvida, uma direção desconjuntada e uma edição que não sabe ao certo onde encaixar as cenas, o que poderia ser mais uma ótima adaptação para a lista de Mauricio de Sousa se torna apenas uma tentativa frustrada, e nada empolgante, de uma narrativa que tinha muito para render, se colocada nas mãos certas.

E mesmo com figuras que se esforçam em cena para entregar as características dos personagens que conhecemos, não há como salvar a obra de um resultado nada empolgante! 

‘Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo’ está em cartaz no Cine A

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Mergulho Noturno | Crítica https://www.geekguia.com.br/mergulho-noturno-critica/ https://www.geekguia.com.br/mergulho-noturno-critica/#respond Fri, 19 Jan 2024 00:26:55 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16076 Mergulho Noturno é a prova de quem nem tudo precisa virar longa-metragem

Dentro do gênero de terror temos um fenômeno que volta e meia ocorre, quando um curta-metragem assustador consegue tanto destaque que acaba sendo alvo de um projeto para se tornar um longa! E isso já aconteceu diversas vezes! ‘Sorria’, por exemplo, é um desses casos que fizeram sucesso de bilheteria recentemente. Porém nem toda a história está propícia a se tornar algo maior, tão pouco sua mitologia precisa de expansão, e desta vez, são esses pontos que mais pesam! 

Desta forma, ‘Mergulho Noturno’ chega aos cinemas comprovando que nem toda história precisa se tornar um longa-metragem. Pois o que temos é um resultado abaixo do que a obra original entregou. Principalmente quando o público não consegue se conectar com os personagens e a história decide seguir por clichês que são mal empregados, e mais parecem copiar ‘O Chamado’ e ‘O Cemitério Maldito‘ de forma grosseira. No fim das contas temos um exemplar de filme de terror tão sem sal quanto a água da piscina em que nadam, e tão raso quanto uma poça de água no asfalto em dia quente! 

Fale Mais Sobre Isso

Ray Waller e sua família estão procurando um novo lugar para morar. Ele é ex-jogador de beisebol que teve que se aposentar cedo por conta de uma doença degenerativa. Assim, quando finalmente parecem encontrar a casa perfeita, descobrem uma piscina em seu quintal e após reforma, passam a aproveitar o espaço. Mas o que seria diversão em família passa a se tornar um pesadelo quando estranhas forças sobrenaturais parecem emergir da piscina em busca de algo! 

Expandindo para ser sem graça

Bryce McGuire é quem dirige e também assina parte do roteiro adaptando o curta-metragem de mesmo nome em que também atuou como co-diretor, porém o resultado satisfatório da obra original não se repete aqui! 

O que encontramos é uma obra de terror genérica, sem qualquer tipo de conexão com o público que perde a chance de criar algo que realmente carregasse personalidade. Apesar do elemento principal, que é a piscina, ser bem filmada e se tornar muito maior em tela, além de assustadora, principalmente nas sequências noturnas, esses bons momentos são tão escassos que do segundo pro terceiro ato o único sentimento é que tudo acabe logo.

E assim adentramos aquele momento onde temos uma personagem “professor enredo” tentando dar dicas do que ocorre, uma pesquisa que facilmente poderia ter sido feita antes da compra da casa e um encontro com uma figura que em nada acrescenta na trama, comentando coisas que os personagens já não soubessem.

A partir disso é um festival de CGI mal empregado, aparições fantasmagóricas saídas direto de consoles de videogame da geração passada com gráficos duvidosos, e nenhuma vítima. Sim, a piscina é uma entidade em si e pelo visto esqueceram do principalmente elemento em filmes de terror: Mortes criativas! 

No fim das contas, nem o drama familiar raso, nem o terror amador conseguem nos fazer aproveitar o que ‘Mergulho Noturno’ pretendia entregar! 

Foto: Mergulho Noturno / Divulgação: Universal Pictures Brasil

“Marco… Polo…”

A brincadeira de “Marco Polo” é simples! Alguém de olhos fechados, ou vendados, precisa encontrar os demais à medida que grita “marco”, e os demais respondem com “polo”! Isso ocorre na piscina da família Waller com a filha mais velha e seu namorado. Enquanto, do outro lado da tela era o que a gente também fazia, mas na tentativa de encontrar o terror! 

Deste modo, ‘Mergulho Noturno’ não tem sequer qualquer construção para que realmente venhamos a desejar que aqueles personagens sobrevivam. Pois nenhuma figura é carismática ou cativante o suficiente. Vide Wyatt Russell que continua insípido em suas atuações e que aqui consegue se superar para que liguemos o sentimento de “não me importo” com seu protagonista do começo ao fim.

E nessa jornada que bebe de clássicos como ‘O Cemitério Maldito’ e o ‘O Chamado’ não temos qualquer resquício de personalidade. O que nos faz aproveitar muito mais os quase três minutos do curta original, do que as quase duas horas de uma família nada interessante com sua piscina assombrada.

No fim das contas temos um exemplar de filme de terror tão sem sal quanto a água da piscina em que nadam, e tão raso quanto uma poça de água no asfalto em dia quente! 

Foto: Mergulho Noturno / Divulgação: Universal Pictures Brasil

E Vale o Ingresso?

‘Mergulho Noturno’ é uma produção que comprova que nem toda história precisa se tornar um longa-metragem. Pois o que temos é um resultado abaixo do que a obra original entregou. Principalmente quando o público não consegue se conectar com os personagens e a história decide seguir por clichês que são mal empregados, e mais parecem copiar ‘O Chamado’ e ‘O Cemitério Maldito’ de forma grosseira.

No fim das contas temos um exemplar de filme de terror tão sem sal quanto a água da piscina em que nadam, e tão raso quanto uma poça de água no asfalto em dia quente! 

‘Mergulho Noturno’ está em cartaz no Cine A

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Beekeeper – Rede de Vingança | Crítica https://www.geekguia.com.br/beekeeper-rede-de-vinganca-critica/ https://www.geekguia.com.br/beekeeper-rede-de-vinganca-critica/#respond Tue, 16 Jan 2024 18:49:36 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16043 Beekeeper é um filme de ação com temas atuais, mas muito mal executado

Quando mais novo os filmes de Van Damme, Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone eram os sinônimos de muita ação, tiro, porrada e bomba. O que inspirou muitos atores e atrizes do gênero, sendo que alguns até mesmo já atuaram com essas personalidades tão icônicas do cinema.

Hoje, vimos muito dessas figuras no ator Jason Statham em filmes como “Adrenalina”, “Assassino a Preço Fixo”, “Os Mercenários”e mais recentemente em “Megatubarão”. Agora, ele volta as telonas agora em ‘Beekeeper – Rede de Vingança’ e será que deu certo?

Tirado da aposentadoria

Adam Clay (Jason Statham) é um apicultor que aluga um celeiro na fazenda de Eloise Parker (Phylicia Rashad). Apesar de não serem amigos em si, ele tem um respeito muito grande por ela. Até que um dia Eloise sofre um golpe virtual, perde milhões em sua conta bancária e decide tirar sua própria vida. Adam Clay é o primeiro suspeito já que é encontrado pela Verona Paker (Emmy Raver-Lampman), filha da vitima e que era uma agente do FBI. Mas logo que é libertado, Verona deixa escapar que a mãe foi vitima de uma empresa chamada UMD que estava na mira do FBI há anos e que não deixa vestígios.

A partir dai, descobrimos que Clay é um Beekeeper aposentado (nada original), ex-agente de uma organização secreta onde o agente só termina sua missão quando morrer! E agora com muita sede de vingança por ter perdido alguém que considerava muito, ele decide trabalhar sozinho e voltar a ativa! Com direito a ligação para um contato que fornece o tal endereço que nem o FBI conhecia, e logo somos apresentados ao Statham de sempre: poucas palavras e muita porrada.

O que eu descrevi acima acontece por volta de uns 20 minutos de filme, ou seja, é pouca enrolação para chegarmos na parte que esperávamos com aquela porradaria de sempre. Uma coisa que me lembrou John Wick foi isso, o cara estava em paz, até que tiraram alguém importante em sua vida e despertou aquele lado “Baba Yaga”.
Isso é bom e é ruim ao mesmo tempo!

Foto: Beekeeper – Rede de Vingança / Divulgação: Dimond Films Brasil

É inovador, mas nem tanto.

O filme tem uma história em si bem rasa, não é muito difícil ligar os pontos.

Tem o lado bom de ser algo bem direito, mas se você esperava alguma lição de moral ao sair da sala do cinema pode esquecer. Os diálogos também são muito pobres (pra não dizer algo pior). O diretor David Ayer (O mesmo de “Esquadrão Suicida” de 2016) faz boas cenas de ação, mas questão de roteiro não é com ele mesmo! O personagem Derek Danforth, que seria o cabeça da organização caçada pelo Clay é interpretado pelo Josh Hutcherson, mas é um personagem tão mesquinho, tão filhinho da mamãe (literalmente vocês verão isso), que o cara tem 30 anos e faz cenas como uma criança de 10 anos.

Impressionante também como o FBI diz que estava na cola dos bandidos há anos e um cara que estava aposentado até ontem acaba sempre ficando um passo a frente. Não é nada novo isso, e talvez estes clichês tenham matado um pouco a graça do filme. Ao mesmo tempo, e em uma linha diferente, uma das boas sacadas do filme foi usar como tema de fundo os crimes cibernéticos. 

A obra também aborda um pouco de politica em si, que foi bem escondido em grande parte do filme e que me surpreendeu. As cenas de ação funcionam e são bem executadas! Assim como John Wick que citei anteriormente, o que tiver na frente do Statham vira arma, lembrando claro, que o cara é uma geladeira e usa muito mais de seus músculos do que qualquer coisa.

Foto: Beekeeper – Rede de Vingança / Divulgação: Dimond Films Brasil

E vale a pena?

Em termos de inovação, ‘Beekeeper – Rede de Vingança’ tem uma premissa boa falando sobre crimes de internet e envolvimento de políticos nesta rede. As cenas de ação que são o ponto alto da produção, nos deixando cientes do empenho e da visceralidade para que acontecessem.

Mas os diálogos fracos, e muitos acabam se tornando cômicos de tão constrangedores, personagens nada memoráveis e um história rasa com pontas soltas, deixa e muito a desejar no saldo final!

Beekeeper – Rede de Vingança está em exibição no Cine A

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