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Crítica – Geek Guia https://www.geekguia.com.br O Seu Manual da Cultura Pop! Wed, 21 Feb 2024 23:33:38 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://i0.wp.com/www.geekguia.com.br/wp-content/uploads/2022/03/cropped-gg-logo-12@2x-8.png?fit=32%2C32&ssl=1 Crítica – Geek Guia https://www.geekguia.com.br 32 32 179170489 Ferrari | Crítica https://www.geekguia.com.br/ferrari-critica/ https://www.geekguia.com.br/ferrari-critica/#respond Wed, 21 Feb 2024 23:33:38 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16280 Ferrari tinha tudo para chegar bem na linha de chegada, mas acaba derrapando.

Toda criança que gosta de carros já sonhou com um carro vermelho. Ferrari é um das marcas mais conhecidas do mundo e isso é inegável, mas todos sabem a origem dessa fabricante dos sonhos?

Em Ferrari, o diretor Michael Mann (diretor de “Inimigos Públicos” e “O Último dos Moicanos”) tenta nos deixar a par da vida de Enzo Ferrari e sua mente brilhante (ou não) que alavancou a marca!

É mesmo um filme de automobilismo?

O ano era 1957 e Enzo Ferrari (Adam Driver) vivia um casamento em crise com Laura Ferrari (Penélope Cruz), já que ambos nunca superaram a morte do filho único, Dino Ferrari. Mais do que isso, ela culpa o marido pela morte do primogênito. Mas Enzo, apesar disso, vive um romance com Lina Lardi (Shailene Woodley) onde o mesmo aparenta ser bem mais feliz.
Ah, para complicar ainda mais a sua empresa está perto da falência cujo a única solução viável a curto prazo seria vencer a corrida de estrada chamada Mille Miglia, percorrendo 1.000 milhas pela Itália.

Perceberam que falei sobre corridas por último? É porque parece que o filme é isso mesmo: É um filme falando sobre o Homem Ferrari e não sobre a Máquina Ferrari.

E nem chega muito perto de uma cinebiografia em si, pois realmente foca no ano de 1957 que era o decisivo para a montadora. Não fala sobre a infância do Enzo, não cita explicitamente sobre a morte do Dino, não mostra como Laura e Enzo se conheceram ou algo do tipo.

Então, já avisando que se você é fã de automobilismo não vá criando muitas expectativas indo ao cinema.

Foto: Ferrari / Divulgação: Diamond Films Brasil

Derrapando, mas chegando na linha de chegada

Uma das coisas que mais me incomodaram é um filme ser sobre a escuderia italiana, ambientado em Modena e tudo mais, e infelizmente quantos atores italianos vemos na trama? Pois é, fica o questionamento.

A Americanização aqui é percebida nitidamente quando vemos um Adam Driver arranhar tão bem em italiano quanto qualquer um de nós depois de uma sessão de vídeo aulas. Não criticando a atuação do Driver em si, que realmente deu a vida, o charme e está quase irreconhecível na figura do Enzo, mas é que falta essa identidade dele com a língua, entendem?

Por outro lado, Penélope Cruz fez um dos seus melhores papeis recentes dando vida a uma mulher que sempre estará em pedaços por dentro pela perda do filho. Uma esposa que sabe da traição do marido, mas que abafa o caso e também digamos que uma empresária com ambições que tem 50% da empresa, e decide acreditar no homem com quem já dividiu a vida para saírem juntos do fundo do poço. Digo mais: O filme foi lançado em uma época muito ruim, pois com seu papel no mínimo ela seria lembrada com indicações em alguns festivais e premiações.

Mas calma, sim, há cenas de corrida e que são ótimas!

A sonorização foi impecável, aquele ar rústico da época desde o desenho dos veículos aos equipamentos de proteção, e os riscos de correr naqueles anos também estiveram presentes, e disso não podemos reclamar. Na verdade, podemos reclamar sim, pois poderiam estar presentes em mais minutos do filme!

Ah, se você também gosta de ufanismo, saibam que o ator brasileiro Gabriel Leone aqui é o personagem Alfonso de Portago que tem um papel muito importante mesmo na trama (mais para o final, mas importante de qualquer modo).

Foto: Ferrari / Divulgação: Diamond Films Brasil

E vale a pena?

Dando minha opinião como fã de corridas e automobilismo num geral, eu digo que há outros filmes sobre o gênero mais memoráveis do que este aqui!

Dando minha opinião com um olho critico num todo, este é um filme divertido a sua maneira: Tem relacionamento familiar, tem doses de tensão, e tem ação, quando se destacam as corridas! A ambientação ficou ótima e o trabalho de som e caracterização da época idem.

No fim, como Enzo diz em um dos seus melhores diálogos “dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Não ao mesmo tempo” e é mais ou menos isso: O filme é ótimo? Não é. Mas também não é de se jogar fora.

Ferrari está em exibição nos Cine A!

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De Volta às Raízes (Welcome to Samdal-ri) | Crítica https://www.geekguia.com.br/de-volta-as-raizes-welcome-to-samdal-ri-critica/ https://www.geekguia.com.br/de-volta-as-raizes-welcome-to-samdal-ri-critica/#respond Tue, 20 Feb 2024 19:22:04 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16251 De Volta às Raízes (Welcome to Samdal-ri) é uma série distribuída pela Netflix e que conquistou meu coração!

Mais sobre a série

“De Volta às Raízes”, conhecido internacionalmente como “Welcome to Samdal-ri”, é um dorama sul-coreano que mistura elementos de comédia, romance, e drama, ambientado na belíssima Ilha de Jeju. A série, disponível na Netflix, gira em torno de dois amigos de infância, Cho Yong-pil e Cho Eun Hye, interpretados com notável química por Ji Chang-wook e Shin Hye-sun.

A narrativa começa com um evento marcante: a trágica perda da mãe de Yong-pil, motivada por um erro na previsão meteorológica. Esse incidente o impulsiona a se tornar um meteorologista, com o objetivo de proteger os idosos de sua comunidade. Enquanto isso, Cho Eun Hye segue para Seul em busca de realizar seu sonho de ser fotógrafa de moda, mas circunstâncias a fazem retornar a Samdal-ri, onde ela reencontra Yong-pil, desencadeando uma série de eventos que exploram as complexidades de suas vidas interligadas.

“De Volta às Raízes” é elogiado por sua habilidade em equilibrar diferentes gêneros, mantendo um tom cativante ao longo dos episódios. A escrita de Kwon Hye-joo é destacada por sua abordagem delicada das emoções dos personagens, e a fotografia da série ressalta a beleza natural da Ilha de Jeju, criando uma experiência visualmente impressionante.

As performances são outro aspecto positivo, com Ji Chang-wook e Shin Hye-sun entregando atuações convincentes que ancoram a série. A relação entre os personagens principais é apresentada com sensibilidade e profundidade, explorando emoções que resistem ao tempo e às adversidades.

Welcome to Samdal-ri Season 1 Episode 6 Release Date & Time on Netflix

Um dorama que nos mostra a complexidade de ser humano. 

Enquanto me envolvia na narrativa de “De Volta às Raízes”, me vi profundamente impactada e emocionada, algo que não acontecia há tempos com um dorama. A série tem um jeito especial de mostrar as nuances do ser humano, de como lidamos uns com os outros, e como nossas paixões – sejam elas amorosas ou aquelas que definem quem somos – moldam nossa existência.

A cada episódio, “De Volta às Raízes” me fez refletir sobre essa dança constante da vida, onde nos perdemos e nos encontramos em um eterno ciclo. A série traz a mensagem reconfortante de que as escolhas que fazemos não são definitivas, e que sempre há espaço para mudar de rumo, redescobrir e recomeçar. A ideia de que voltar atrás não é uma falha, mas uma oportunidade de crescimento, é uma lição valiosa que a série transmite com sutileza e graça.

Além disso, a trama sutilmente nos ensina sobre a importância de priorizar nosso próprio bem-estar e sonhos, em vez de nos perdermos nas expectativas alheias. Através das experiências de seus personagens, “De Volta às Raízes” nos lembra de que devemos ser os protagonistas de nossas histórias, fazendo escolhas que estejam alinhadas com nossos valores e desejos mais profundos.

Vale a Pena Assistir?

“De Volta às Raízes” (Welcome to Samdal-ri), portanto, não é apenas uma série para assistir; é uma experiência que nos convida a refletir sobre nossas próprias vidas. É um lembrete delicado de que, na jornada da vida, a autenticidade e o respeito por nossos próprios caminhos são essenciais para uma existência plena e significativa.

De Volta às Raízes (Welcome to Samdal-ri) está disponível na Netflix

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Madame Teia | Crítica https://www.geekguia.com.br/madame-teia-critica/ https://www.geekguia.com.br/madame-teia-critica/#respond Thu, 15 Feb 2024 19:38:31 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16267 Madame Teia é uma grande caricatice mal executada, porém divertida!

O universo cinematográfico do Homem-Aranha na Sony possui um caráter muito duvidoso! Produções em baixo orçamento que acabam conquistando o público se tornaram uma marca e por incrível que possa parecer, o estúdio continua a produzir novas obras com personagens que não estão no panteão da Marvel, com a qual a parceria continua! Desta vez, por uma hora e quarenta minutos mergulhamos em uma “caricatice” tão mal executada, que chega a ser divertida, e mesmo que os críticos digam que não vale o ingresso gasto, a sala lotada no último dia caba dizendo o contrário.

Assim, ‘Madame Teia’ é uma adição ao universo da Sony que mais parece um filme realizado por um fã que estava disposto a contar uma história de origem de um jeito “diferente”, mas que em sua concepção tem total sentido, e que na prática beira o constrangedor. E nessa execução tão duvidosa e nada coesa, sobram boas intenções e ideias, pois o material final requer uma boa dose de empatia por parte de quem assiste. Contudo, em meio a comentários acalorados de como se fazer cinema, diferentes figuras que surgem expert em roteiro e o famoso nerd que precisa encontrar um jeito de inviabilizar obras realizadas por, e com mulheres, podemos dizer que se você for ao cinema sem a expectativa pelo filme do século ou que irá mudar o gênero, é provável que você encontre a diversão entre a bizarrice. E foi o que aconteceu conosco! 

Fale Mais Sobre Isso

Cassandra Webb é uma paramédica que vive uma vida normal e longe de qualquer contato com outras pessoas. A mãe morreu ao dar a luz, e por isso carrega diferentes traumas do seu passado. Porém quando a jovem passa a ter visões de futuro envolvendo três adolescente, Cassandra passa a protegê-las de um homem que as quer morta, e essa mesma figura possui total conexão com seu passado, e os poderes que estão despertando! 

Insira aqui o meme: “Vai roteiro, faz um filme aí”!

Um dos discursos mais comuns quando produções como esta surgem é sobre o roteiro. Sobre as falhas, as inconsistências, os diálogos, a construção da trama, como se sozinho o roteiro fosse capaz de construir um filme de duas horas de duração. Obviamente que não se pode omitir os erros cometidos, mas nem sempre tudo é o desastre construído em discursos inflamados.

Logo, S. J. Clarkson comanda a produção e podemos dizer que ela executou o que foi proposto. Era para ser um filme de origem de herói, então temos um filme que segue a cartilha como tal. Ponto a ponto até o ato final onde temos o auge dos poderes da protagonista.

Mas o caminho até isso é tortuoso. A edição é mal executada, os cortes são secos, diretos e as transições não funcionam. O posicionamento de câmera é confuso, o que não nos deixa focar em certos momentos importantes, o mesmo podemos dizer dos efeitos visuais que são precários.

Toda da parte técnica beira o amadorismo, porém, para quem já viu muita coisa sendo realizada nesses universos, o jeito é ligar o botão do “foda-se” e começa a rir com, e do que está sendo visto. A partir disso a produção ganhou novos ares na sessão!  Mesmo com todo esse imbróglio de direção e execução, Madame Teia encontra na caricatice, nos instantes cafonas e no senso de não precisar ser o “melhor filme de herói de todos os tempos”, o melhor caminho para continuar.

E quando você menos espera a atmosfera bizarra acaba capturando você! Obviamente se o seu coração e mente estiverem abertos para isso! 

Foto: Madame Teia / Divulgação: Sony Pictures Brasil

“Esse é o pior filme que heróis que existe”

Calma crítico de cinema que está com raiva acumulada, e você também leitor que precisa de pequenos motivos para destilar um ódio em cima de produção de um personagem de quadrinhos. O fato é que Madame Teia não está querendo reinventar gêneros, tão pouco ditar tendências, o que se pretende aqui é lucrar, e isso é o que encontramos nessa indústria.

Desta forma, a narrativa do longa é uma grande confusão que mais parece episódica! Em momentos é possível sentir aquela falta do corte para tela preta esperando o comercial, pois a linearidade dos fato é muito estranha! 

E do nada temos um táxi roubado mais utilizado que Uber, uma lanchonete no meio de uma floresta, uma viagem para um país latino-americano que mais parece ter saído das novelas da Glória Perez, e motivações que não fazem qualquer sentido, já que a construção dos personagens é praticamente nula.

Por isso ele é o pior filme de heróis existe? Não!

O início dos anos 2000 nos entregou pérolas como Elektra, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado e Justiçeiro: Em Zona de Guerra, e nada mais justo que trazer essas lembranças direto do limbo da caçamba de lixo da Marvel que Kevin Feige não quer revirar! Deixando claro que produções de gosto duvidoso envolvendo super-heróis sempre existiram e irão existir. Principalmente pelo fato de que ao adaptar quadrinhos, por mais sombrio ou realista que se deseje ser, estamos falando de pessoas usando roupas apertadas combatendo vilões de formas absurdas. 

No fim das contas, você vai rir de caracterizações estranhas, dos diálogos, das tomadas de decisões incoerentes e de um desfecho que mais parece um encontro de drags que buscavam homenagear o Homem-Aranha! Por isso, toda essa caricatice nos arrancou risadas, então fica impossível massacrar algo que em sua essência sabe que não é uma maravilha e tão pouco demonstra estar apegado a isso! 

Foto: Madame Teia / Divulgação: Sony Pictures Brasil

E Vale o Ingresso?

‘Madame Teia’ é uma adição ao universo da Sony que mais parece um filme realizado por um fã que estava disposto a contar uma história de origem de um jeito “diferente”, mas que em sua concepção tem total sentido, e que na prática beira o constrangedor. E nessa execução tão duvidosa e nada coesa, sobram boas intenções e ideias, pois o material final requer uma boa dose de empatia por parte de quem assiste.

Contudo, em meio a comentários acalorados de como se fazer cinema, diferentes figuras que surgem expert em roteiro e o famoso nerd que precisa encontrar um jeito de inviabilizar obras realizadas por, e com, mulheres, podemos dizer que se você for ao cinema sem a expectativa pelo filme do século ou que irá mudar o gênero, é provável que você encontre a diversão entre a bizarrice. E foi o que aconteceu conosco! 

E verdade seja dita, este não é o pior filme de heróis de todos os tempos, e um simples “google” poder revelar isso! 

Madame teia está em cartaz no Cine A 

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Bob Marley: One Love | CRÍTICA https://www.geekguia.com.br/bob-marley-one-love-critica/ https://www.geekguia.com.br/bob-marley-one-love-critica/#respond Thu, 15 Feb 2024 14:51:36 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16259 ‘Bob Marley: One Love’ é uma cinebiografia que foca na mensagem e não no homem em si

Todo mundo conhece Bob Marley! Falou em Jamaica? Falam de Bob. Falou em dreads? Bob Marley. Ironicamente, e preconceituosamente, quando falam de uso de maconha também falam do Bob. Mas todo mundo sabe o que foi este homem para a história do seu país e para o mundo do reggae e da música?

O filme “Bob Marley: One Love” tenta nos apresentar quem foi esta figura e será que deu certo?

De 1976 a 1978

Já começo falando isso: Não espere uma cinebiografia contado a história do personagem principal de sua infância até seu último dia de vida!

A trama começa em 1976, que precisamos contextualizar, era um período de intensos conflitos onde traficantes comandavam as ações na Jamaica depois que o país conseguiu a independência do Reino Unido. Dito isso, Bob Marley (Kingsley Ben-Adir) está prestes a se apresentar no Smile Jamaica, festival que tinha intenção de acalmar a população.
Até aconteceu um atentado contra sua vida e membros da sua banda The Wailers, mas nada impediu que o homem subisse no palco na missão de tentar transmitir a paz.

Mas não deu certo. Não totalmente!
Segundo conselhos, Bob acabou se “exilando” em Londres onde no período fora de sua terra natal começou a escrever músicas que mais tarde viriam a compor seu álbum mais famoso “Exodus” lançado em 1977, onde as canções misturavam politica, amor e liberdade. Ganhando ainda mais fama e notabilidade, o cantor e banda fizeram um turnê pela Europa e EUA, e retornando para Jamaica em um show memorável em 1978.

Ou seja, a grande trama do filme acontece ao longo de 3 anos que foram intensos e memoráveis para o mundo da música!

Foto: Bob Marley – One Love / Divulgação: Paramount Pictures Brasil

Acima do homem está o símbolo

O filme desafina em algumas partes!

Focando apenas nos 3 anos antes aqui citados sabemos muito pouco sobre a vida do Bob antes da fama. Sabemos por meio de flashbacks que ele foi abandonado pelo pai e também como ele conheceu sua esposa Rita (Lashana Lynch). Mas são flashbacks soltos em cenas aleatórias, sabem? Outra coisa: o elenco pode ter vários atores jamaicanos, mas escolheu como personagens principais atores britânicos. Não é uma crítica em si, apenas uma observação.

Apesar disso, uma das grandes sacadas do filme foi a escolha do Kingsley Ben-Adir como o ator a interpretar o Bob. As semelhanças físicas com o Rei do Reggae são impressionantes e o mesmo transmitiu o carisma de forma igual. Aliás, Bob dizia que não buscava os lucros desde que pagassem sua banda pois o que ele queria mesmo era espalhar sua mensagem de paz, liberdade e amor. O mesmo também sempre pregava a palavra de Rastafari, movimento religioso afrojamaicano que tinha como líder o Haile Selassie (Jah).

Talvez, uma das controversas do Bob seja dizer que não apoiava partido X ou Y em seu país. De certa forma suas músicas sempre tiveram um tom politico, uma ideologia pregando a liberdade de seu povo, o fim da opressão e pobreza que assolava seu país.

E acho que isso é algo que falta hoje em dia para muitos artistas (alguns tratados como ídolos): Se posicionar sobre o seu ideal, buscar transmitir através da música seus pensamentos e não somente lucros ou likes na internet. O álbum Exodus foi considerado o melhor do século XX pela revista Time, então sugerimos que o ouçam depois da leitura deste artigo.

O filme não conta sobre a morte do Bob Marley em si, mas traz alguns pontos importantes e cruciais que mais tarde culminaram na morte do cantor e compositor em 1981.

Foto: Bob Marley – One Love / Divulgação: Paramount Pictures Brasil

E vale a pena?

Talvez o filme peca por não contar uma história mais profunda do Bob e por também meio que jogar “tudo de bom” que o mesmo fez nos anos de 76 a 78 meio que mostrando ao telespectador que ele era somente aquilo, como um homem sem defeitos (sem inimigos é inevitável, já que até atentado ele sofreu).

Mas o filme, sobretudo as letras das músicas, passam uma mensagem reflexiva tão bom no sentido de que podemos e devemos buscar a paz, respeitar o próximo e as vezes só curtir o momento pois tudo é breve e passageiro.

E como sabemos, o homem pode morrer, mas suas ideias são para sempre, e até hoje Bob Marley e Jamaica são conhecidos no mundo todo!

“Bob Marley: One Love” está em exibição no Cine A!

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A Cor Púrpura (2024) | Crítica https://www.geekguia.com.br/a-cor-purpura-2024-critica/ https://www.geekguia.com.br/a-cor-purpura-2024-critica/#respond Thu, 08 Feb 2024 19:22:12 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16239 A Cor Púrpura é a nova versão do clássico da década de oitenta e do famoso musical

Realizar adaptações de materiais que se tornaram icônicos dentro da cultura pop não é uma tarefa simples. Existem inúmeras formas de conduzir novas versões, e muitas vezes de forma não justificada essas obras assumem aspectos nada atrativos. Por isso é necessário entender como, de que forma e se o que está sendo realizado irá funcionar na tela grande. E não basta apenas ter um elenco carismático e canções bem escritas, se faz importante conduzir a narrativa de forma dinâmica. Então, aqui não temos esses elementos? Sim, temos, mas poderia ser bem melhor!

Desta forma, ‘A Cor Púrpura’ chega aos cinemas reinventando o clássico de 1985, porém o longa parece não entender o formato em que se encontra, apesar do elenco carismático, e canções emocionantes. Essa nova versão possui força em sua protagonista, na musicalidade cativante, mas se perde tecnicamente em sequências mal direcionadas e cortes que não funcionam para o cinema. O resultado é mais do que importante e essencial em sua mensagem, porém na sua estrutura falta um apuro que realmente venha condizer com o que o marketing apresenta para o público! 

Fale Mais Sobre Isso

Celie é uma jovem negra que desde muito cedo precisa lidar com as dores e os abusos que sofre. Ao ser entregue para ser esposa de Mister, a garota passa a vivenciar ainda mais momentos de violência. E com a irmã partindo, o que lhe resta é apegar a esperança de que um dia irão se reencontrar. Logo, com a chegada da cantora Shug Avery a cidade, e a presença da esposa de seu enteado, Sofia, Celie vai encontrando forças para continuar a vida e enfrentar seus medos! 

É uma reinvenção, mas…

Blitz the Ambassador é quem comanda a produção que tem como base a peça da Broadway que é baseada no filme de 1985 que adaptava o livro de Alice Walker. Sim, essa reinvenção do clássico em 2024 possui outras versões já bem estabelecidas e aqui parece não saber ao certo como conduzir essa história, quando o assunto não é musical.

A direção sabe dar a potência e a grandiosidade aos números musicais de fato, transformando cada sequência em um espetáculo diante de quem assiste. Da canção inicial sobre ir à igreja até o solo final cativante Celie fica perceptível o cuidado em tornar as canções envolventes como se estivéssemos no teatro.

Contudo encontramos no caminho até esse ponto a fraqueza da produção!

Os cortes abruptos para os números musicais, as transições que não funcionam e um primeiro ato que demora a encontrar o ritmo adequado, não fazem jus ao que o longa pretende transmitir. Sim, a narrativa estabelece de maneira exímia a mensagem, a importância e a relevância de cada acontecimento, porém ao diretor falta dinamismo e um certo toque de criatividade, e isso faz com que o filme não pareça entender o formato que está lidando nessa versão. E por mais que não queira, soa como um “copia e cola” do musical dos palcos! 

Obviamente que isso causa um certo estranhamento para alguns, mas no todo, é um verdadeiro espetáculo de emoções. Principalmente quando temos o trio formado por Fantasia Barrino, Taraji P. Henson e Danielle Brooks em tela. Celie, Shug e Sofia (respectivamente), nos fazem sorrir, chorar e emocionar a todo o momento. As lições aqui transcendem e reforçam ainda mais uma luta constante na sociedade contra o racismo, o preconceito e o papel da mulher negra na sociedade. É um recorte que encontra certo equilíbrio entre as aflições e dores da protagonista, e a esperança que torna as coisas leves.

Assim, a cada nova sequência em que o trio se encontra, a história contorna as falhas para nos conquistar! 

Foto: A Cor Púrpura (2024) / Divulgação: Warner Bros. Brasil

É sobre esperança

Celie enfrenta os abusos do marido, a dor do desaparecimento da irmã e a esperança de um dia encontrar seus filhos. Ao longo do tempo, e com a amizade de Sofia e Shug Avery, ela encontra força, voz e o sorriso que tanto escondia. E assim a sua jornada passa a mudar.

A narrativa deste ‘A Cor Púrpura’ demonstra esperança daquilo que tanto almejamos, e as dores da protagonista nos fazem desejar isso tanto quanto ela. O texto se encarrega de intensificar suas perdas, as lutas constantes e procura pelo lugar que tanto lhe pertence.

Desta forma, vai passando ao longo das décadas mostrando o quanto mulheres negras estiveram à margem de uma sociedade que as sempre viu como serviçais. Logo, as figuras de Shug e Sofia são essenciais para que Celie descubra em si a força que tanto lhe foi negado, ou dito que ela não possuía. E a cada nova canção isso se torna ainda mais palpável em tela.

Assim, esta é uma produção onde o elenco supera os deslizes técnicos, nos fazendo abraçar a história. Lógico que para os mais exigentes isso tem que ser contestado, mas quando Fantasia Barrino canta “I’m here” percebemos que a mensagem foi transmitida, ainda que por cima de discrepâncias de direção! 

Foto: A Cor Púrpura (2024) / Divulgação: Warner Bros. Brasil

E Vale o Ingresso?

‘A Cor Púrpura’ reinventa o clássico de 1985, porém parece não entender o formato em que se encontra, apesar do elenco carismático, e canções emocionantes.

Essa nova versão possui força em sua protagonista, na musicalidade cativante, mas se perde tecnicamente em sequências mal direcionadas e cortes que não funcionam para o cinema. O resultado é mais do que importante e essencial em sua mensagem, porém na sua estrutura falta um apuro que realmente venha condizer com o que o marketing apresenta para o público! 

Logo, esta é uma produção onde o elenco supera os deslizes técnicos, nos fazendo abraçar a história. Lógico que para os mais exigentes isso tem que ser contestado, mas quando Fantasia Barrino canta “I’m here” percebemos que a emoção foi transmitida!

‘A Cor Púrpura’ está em cartaz nos cinemas!

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A Concierge Pokémon | Crítica https://www.geekguia.com.br/a-concierge-pokemon-critica/ https://www.geekguia.com.br/a-concierge-pokemon-critica/#respond Tue, 06 Feb 2024 23:08:30 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16144 Mostrando que é possível (e lindo) um mundo além das batalhas Pokémon

Desde quando acompanhamos o início da jornada de Ash e Pikachu, somos apresentados a um mundo onde os monstrinhos que eram amigos dos humanos deveriam batalhar entre si para ver quem era o mais forte. Mas e se te mostrassem uma outra visão onde os pokémons podem relaxar, serem felizes e sem viverem presos em pokébolas, ou recebendo ordens? Essa é a premissa de A Concierge Pokémon, nova animação na Netflix.

Resort para Pokémons

Haru é uma mocinha que acaba de chegar a uma ilha para ser concierge. Sim, ela será a anfitriã de hospedes bem inusitados. Ela tem a missão de recepcionar, mostrar o resort e porque não ficar amiga dos pokémon que estão se hospedando ali. Tentando conquistar a amizade dos “monstrinhos” e também se enturmar com os outros funcionários do local, Haru passa por situações bem engraçadas, um pouco constrangedoras.

E por mais que pareça uma história bobinha, ela acaba sendo cativante!

Diariamente as habilidade de Haru são postas à prova e é uma delícia acompanhar seu dia a dia, apesar da história se desenrolar em apenas 4 episódios curtinhos!

Foto: A Concierge Pokémon / Divulgação: Netflix

Se era bom ficou melhor ainda

Uma das coisas que você pode estranhar logo de cara é animação em stop-motion. Mas você se acostuma e vai entender que essa mudança fez um bem danado! Sabe os pokemons que pareciam verdadeiros bichinhos de pelucia? Agora eles dão mais vontade ainda de agarrar! Sabe aqueles que desprovidos de beleza? Agora você não tem do reclamar! Até Gyarados fica perfeito!

Outra coisa que citei antes e que gostei muito é a leveza. É muito bom ver que há um mundo longe das batalhas e tensões que envolvem o desenho principal. Acho que é um ótimo leque aberto com essa animação e que poderia ser mais explorado.

Outra coisa interessante é que assim como Ash, Haru está em busca de algo. Primeiro em passar em seu teste para ser efetivada, depois para sentir-se útil a ponto de fazer amizades e ajudar na harmonia do resort. E ao mesmo tempo esquecer a péssima fase que se encontrava antes de chegar ali. E a evolução dela é nítida e muito bem construída mostrando que sim, é possível emaranhar bem um roteiro com poucos episódios.

Por fim, acompanhar a jornada de Haru é como acompanhar do Ash e seus amigos: Tdo dia você pode tirar uma lição daquilo e levar para sua vida.

Foto: A Concierge Pokémon / Divulgação: Netflix

E vale a pena?

Falar de Pokémon é chover no molhado. Anime, filme, jogos eletrônicos ou card games, todas as pessoas do mundo conhecem!

Mas se você também se mostrar aberto a novas experiências, essa animação te convida para tal e olha, não decepciona. Na verdade, decepciona sim, merecia mais episódios! Apesar de eu achar que a intenção era essa: Fazer algo tão marcante e sensível que quem assistir uma vez vai ficar com o coração alegre por um bom tempo!

A Concierge Pokemon está disponível na Netflix.

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Reacher: 2ª Temporada | Crítica https://www.geekguia.com.br/reacher-2a-temporada-critica/ https://www.geekguia.com.br/reacher-2a-temporada-critica/#respond Tue, 06 Feb 2024 20:10:20 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16141 Em temporada superior a anterior, Reacher prova porque é um dos seriados mais assistido da Prime Video

Em 2022 a Prime Video apostou em uma sua produção original Reacher, estrelada por Alan Ritchson (leia nossa crítica aqui) e acertou em cheio, pois foi a série mais assistida do streaming naquele ano. Agora, a série volta para uma segunda temporada e será que realmente superou a primeira?

Ninguém mexe com os Investigadores Especiais

Jack Reacher continua vagando pelos EUA sem ter uma casa fixa, sem celular, sem carro e principalmente, sem criar laços. Até que ele é contatado pela sua única amiga Neagley (Maria Sten) que o informa que um dos seus colegas da antiga unidade militar foi encontrado morto.

Reacher agora se vê procurando pelo restante dos seus ex-subordinados, ao mesmo tempo que busca justiça pelos que já se foram e ainda assim enfrente uma ameaça que pode ser tornar global.

Assim, continua arranjando problemas com a policia local para investigar e resolver as coisas do seu jeito, ou seja, na força bruta e com algumas mortes pelo caminho. Lembrando o lema da antiga equipe onde “Ninguém mexe com os Investigadores Especiais” junto com Dixon, O`Donell e Neagley é bom estar preparado para muita ação e reviravoltas.

Foto: Reacher / Divulgação: Amazon Prime Video

Melhor que a temporada anterior

Assim como na temporada anterior existe aquela parte de busca por vingança e justiça, mas aqui há uma parte muito boa de investigação composta em conjunto com os outros colegas de Reacher. Agora que o quebra-cabeças ficou maior, a parte “policial” digamos assim foi necessária e muito bem trabalhada. Os personagens tem aquele humor a lá Reacher e apesar de terem uma outra vida além daquele grupo, juntos é como se fossem uma família.

Uma das partes boas dessa temporada são os flashbacks de quando todos ali formavam uma Unidade Militar e então aprendemos um pouco mais de como era o Reacher antes de se tornar ‘O Reacher’.
Uma outra coisa: Há poucas citações da temporada anterior. Claro, tem uma aparição importante, mas se você entrar no seu aplicativo e quiser ver o seriado da segunda temporada está tudo bem, pois essa temporada também é adaptação de um outro livro do Lee Child.

É uma temporada perfeita? Não pois ainda tem aqueles clichês como um pequeno romance ali no grupinho, algumas piadinhas secas mas sabe, o clichê quando bem trabalhado até que passa despercebido então é bom dar uma chance a essa temporada.

Foto: Reacher / Divulgação: Amazon Prime Video

E vale a pena?

O seriado continua surpreendendo de maneira positiva uma vez que todo episódio cria uma expectativa para o que estar por vir, toda cena de ação é muito bem trabalhada alternando entre luta corporal e com armas e a trama é muito bem amarrada. Se tiver que fazer uma ressalva é sobre o desfecho do último episódio que é daqueles que com metade do tempo tudo se resolve e ficam enrolando até subir os créditos, sabem?

Também achei os atores bem cativantes e é bom saber que o Reacher gosta de trabalhar sozinho, mas em equipe fica mais divertido e perigoso.

Reacher já foi renovada para uma terceira temporada e a segunda possui 8 episódios e todos disponíveis na Amazon Prime Video.

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Argylle – O Superespião | Crítica https://www.geekguia.com.br/argylle-o-superespiao-critica/ https://www.geekguia.com.br/argylle-o-superespiao-critica/#respond Sun, 04 Feb 2024 16:01:13 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16199 Argylle – O Superespião é a mais nova produção do diretor Matthew Vaughn (Kick-Ass, Kingsman) no gênero que ele tanto gosta: espionagem. 

Fale Mais Sobre Isso

Prometendo ser o início de uma nova trilogia de filmes de espião e a segunda trilogia de um universo compartilhado com Kingsman, e outra produção ainda não anunciada, Argylle segue Elly Conway, uma escritora de romances sobre um agente secreto que tem a missão de desvendar um sindicato global de espionagem. Porém, quando seus livros começam a refletir as ações secretas de uma organização secreta da vida real, a linha entre ficção e realidade começa a ficar confusa e vida da escritora é colocada a risco.

Vamos dizendo a verdade

Acho que posso começar falando um pouco sobre o marketing “enganador” do filme.

Grande parte da propaganda do filme foi feita em cima de Dua Lipa, ela está em grande parte do trailer, está quase no centro do pôster, mas no filme? Digamos que os créditos iniciais de distribuição e produção têm mais tempo de tela do que cantora. Então, se você é fã de Dua Lipa, não espere muita coisa.  Ariana DeBose, vencedora do Oscar Ariana DeBose, também está sendo muito utilizada na promoção do filme, assim como John Cena, amos estão dando milhares de entrevistas sobre, aparecem bastante nos trailers, mas se eles tem dez minutos de cena, somados, é muito. E o filme tem mais de duas horas de duração. Duas horas e dezenove minutos para ser exata.

E essa duração é o primeiro grande erro do filme. Você sente o tempo de duração dele. O início te pega, mas a medida que chegamos ao segundo ato, tudo começa a ficar um pouco “repetitivo”. O filme escrito por Jason Fuchs tem umas dez reviravoltas diferentes e, algumas são legais, mas depois da segunda você já está cansado, e o terceiro ato é basicamente isso, reviravolta atrás de reviravolta atrás de reviravolta.

Na minha crítica sobre a primeira temporada de Percy Jackson, falei um pouco sobre os efeitos visuais da série e me impressiona o fato de que esse filme tem efeitos visuais muito, mas muito inferiores a uma série de streaming. E eles ficaram ainda piores quando descobri que esse filme teve um orçamento de 200 milhões de dólares. Sim, 200 milhões de dólares. Esse dinheiro foi todo pro elenco? Porque é a única explicação para um filme de orçamento tão alto ter efeitos visuais péssimos e piores que um filme lançado em 2010, como Kick-Ass, por exemplo.

 

Artificialidade técnica e diversão

Os cenários são todos tão artificiais, existe uma cena em que petróleo está envolvido e nossa protagonista passa em cima dele várias vezes, mas só suja sua bochecha. E o petróleo é tão falso, mas tão falso, que ela não estar suja nem incomoda tanto, porque olhamos para aquilo e falamos “Ah, não tava lá né.”

Apesar disso tudo, o filme é intrigante no início e ele diverte, se você aguentar e estiver no humor. Quatro pessoas da minha sala de cinema não estavam, saíram quando o filme tinha passado os noventa primeiros minutos e nunca mais voltaram. Mas, eu curti. Entrei esperando um filme divertido, recebi uma bobeira um pouco mal feita e me diverti. Porém, confesso que ele promete muito mais que entrega. 

Os atores estão bem, Bryce Dallas-Howard consegue brincar bastante com as diferentes situações que sua personagem enfrenta. Sam Rockwell está bem, nada mais que isso, o que é uma pena, pois eu gosto muito do trabalho dele e aqui parece que ele estava lá só para receber o cheque. Dua Lipa tem uma quantidade tão minúscula de tempo que não consigo nem comentar a atuação dela e todas suas cenas são em estúdio com chroma key. Um triste momento para nós, fãs. Ariana DeBose está maravilhosa, como sempre, em seus três ou quatro minutos de tela. Assim como John Cena, Sofia Boutella e Samuel L. Jackson. Os quatro entregam tudo e nos fazem desejar que estivessem lá por mais tempo.  Henry Cavil é Henry Cavil, não tem muito o que dizer. Só que a escolha de sua caracterização é um tanto quanto questionável.

E Vale o Ingresso?

Em sumo, Argylle – O Superespião não é nada de novo, não é o melhor filme de Matthew Vaughn, também não é o pior. Promete dar start em uma nova saga de espionagem no cinema, caso faça sucesso. Pelas críticas e opiniões dos espectadores, o futuro da franquia não é muito promissor. 

O filme contém uma cena pós-créditos, mas você só precisa esperar três minutos para ela. E também conta com o primeiro livro da saga de Elly Conway (que já existe até uma teoria de conspiração que é a Taylor Swift, ou a J.K Rowling).

Se quiser se divertir, ver gente bonita e não pensar em nada por mais de duas horas, esse filme é uma ótima escolha!

Argylle – O Superespião está em cartaz no Cine A

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Pobres Criaturas | Crítica https://www.geekguia.com.br/pobres-criaturas-critica/ https://www.geekguia.com.br/pobres-criaturas-critica/#respond Fri, 02 Feb 2024 00:55:45 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16175 Pobres Criaturas nos leva a uma jornada por conhecimento e autoconhecimento

Mensurar ‘Pobres Criaturas’, ou caracterizar,  apenas como uma versão de “Frankenstein” é um exercício que não condiz com tudo o que estamos presenciando em tela. Essa é uma daquelas experiências cinematográficas que mais se encaixam no termo “experiência”, pois a jornada da protagonista está apenas limitada em entender o mundo a sua volta, mas vivenciar cada situação, etapa, toque e sensação que ele é capaz de proporcionar. Por isso, esse não pode ser um longa limitado apenas a uma alegoria de seu texto, pois assim como a figura central da história, tem muito mais a oferecer! 

Logo, ‘Pobres Criaturas’ chega aos cinemas sendo uma jornada inquietante, perturbadora e arrebatadora por conhecimento, e autoconhecimento. Ao passo que entendemos de onde a figura principal vem e para onde ela começa a se direcionar, torcemos, ficamos tristes, preocupados e envolvidos com cada movimento, fala e questionamento de Bella Baxter. Assim, essa é uma daquelas experiências cinematográficas capazes de nos cativar, incomodar e ao mesmo tempo inebriar com o tanto de emoções dispostos em tela. E tudo isso através de atuações impecáveis e uma direção com diferentes olhares sobre alguém que não apenas quer encontrar seu lugar no mundo, mas sentir tudo o que ele pode oferecer! 

Fale Mais Sobre Isso

Bella Baxter foi trazida de volta a vida pelo Dr. Godwin Baxter! Aos poucos a jovem vai aprendendo, se desenvolvendo e crescendo em um mundo completamente novo. Mas Bella deseja mais, e para isso, decide se aventurar para entender, conhecer, e sentir o que está a sua volta, nos levando consigo em um caminho repleto de descobertas, sentimentos e sensações que ela jamais havia experimentado, mesmo que para isso seja necessário ir contra os costumes e a polidez de uma sociedade!  

Uma construção de Sentidos

Yorgos Lanthimos é quem comanda a produção de uma maneira interessante, inventiva, carregando as marcas da sua forma de contar histórias, além de conseguir não deixar o espectador indiferente a tudo o que ocorre!

O diretor nos leva por uma jornada surrealista, e ao mesmo tempo pautada em nossa cultura, afim de causar em quem assiste questionamentos, apreço e estranhamento de forma intensa, constante e direta! Para isso, os enquadramentos e o uso de lentes não tão convencionais para capturar suas sequências nos dão visões diferentes de situações que envolvem a protagonista, e os que estão a sua volta. E esse jogo de imagem se aprofunda nos debates, nas decisões e nos desdobramentos da história.

Tal história que não funcionaria se essa atmosfera etérea e inebriante em busca de conhecimento não estivesse alinhada ao excelente trabalho de design de produção, figurino e fotografia! 

Os momentos em preto e branco são cativantes, quando o colorido assume tudo ganha uma nova perspectiva e cada detalhes nas ambientações, nas representações gráficas no jeito de mostrar certos elementos, brinca entre o fantástico e o real brilhantemente! O que nos deixa ainda mais envolvidos quando a trilha sonora cresce, e diretor permite que seus personagens venham a nos conduzir através de diálogos profundos, ao mesmo tempo cômicos, e repletos de sentimentalismo.

Contudo há uma queda de ritmo nos quase 15 minutos finais, com uma certa “reviravolta”, algo que não parece funcionar tanto e que de igual modo, não atrapalha em nada o que já vivenciamos.

E tudo isso se deve principalmente pela presença de Emma Stone! A atriz faz de sua Bella Baxter um receptáculo de inocência, curiosidade, firmeza e crescimento. O espectador torce por ela, ri, e fica impressionado o quanto ela se dedica em suas descobertas. Desde o que ela presente estudar, até mesmo em suas experiências sexuais. Fazendo com que cada um desses pontos seja essencial para as camadas que sua personagem apresenta, e que nos conquistam até o final do longa.

 Foto: Pobres Criaturas / Divulgação: 20th Century Studios Brasil

Bella descobre o mundo e a si

Quando Bella entende, se vê presa! Não apenas no local onde vive, mas até mesmo com seu próprio corpo! Ela não pode sair de casa, ela não pode tocar a si mesma, pois uma jovem se masturbar não é nada polido. Assim chega o momento de sua liberdade, de pensamento, sexual, de sentimentos, na procura de conhecer tudo e quem é de verdade.

O texto de ‘Pobres Criaturas’ é justamente sobre entender, aprender, experimentar e seguir a jornada da forma como nos é melhor! E para isso Bella vai sentir os diferentes prazeres sexuais, conversar com diferentes pessoas, ser confrontada por sua posição diante dos outros que estão na sociedade, e assumir o papel que lhe é devido quando passa a ter conhecimento.

Nisso a narrativa vai construindo a protagonista numa verdadeira crescente. Desde sua postura, e forma de andar, passando pela fala, chegando as argumentações que colocam em voga o que foi estabelecido como absoluto. E lógico, a figura feminina reprimida desde que o mundo é mundo não é apenas uma pauta nas mais de duas horas de filme, mas a algo ser rompido, questionado e enfrentando de forma inteligente, e muito bem humorada. 

Bella torna o que é dito como complexo por uns, em algo simples a ser experimentado. E ela sente, vê, chora, fala, nos conduzindo nesse caminho de liberdade e libertação o tempo todo! 

No fim das contas, não há como sair aquém da sessão! Algo fica em seu pensamento, algo te faz maturar certas ideias. Ou seja, a jornada de Bella é provocativa na mesma proporção que cheia de descobertas! 

Foto: Pobres Criaturas / Divulgação: 20th Century Studios Brasil

E Vale o Ingresso?

‘Pobres Criaturas’ é uma jornada inquietante, perturbadora, sentimental e arrebatadora por conhecimento, e autoconhecimento.

Ao passo que entendemos de onde a figura principal vem e para onde ela começa a se direcionar, torcemos, ficamos tristes, preocupados e envolvidos com cada movimento, fala e questionamento de Bella Baxter.

Assim, essa é uma daquelas experiências cinematográficas capazes de nos cativar, incomodar e ao mesmo tempo inebriar com o tanto de emoções dispostas em tela. E tudo isso através de atuações impecáveis e uma direção com diferentes olhares sobre alguém que não apenas quer encontrar seu lugar no mundo, mas sentir tudo o que ele pode oferecer! 

‘Pobres Criaturas’ está em cartaz no Cine A

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Percy Jackson e os Olimpianos | 1ª Temporada | Crítica https://www.geekguia.com.br/percy-jackson-e-os-olimpianos-critica/ https://www.geekguia.com.br/percy-jackson-e-os-olimpianos-critica/#respond Thu, 01 Feb 2024 02:57:40 +0000 https://www.geekguia.com.br/?p=16155 Percy Jackson e os Olimpianos chegou ao final em sua 1ª Temporada

Percy Jackson e os Olimpianos é a mais nova série de sucesso da Disney+, alcançando o título de première mais assistida da história do Disney+. Baseado na série de livros de mesmo nome, escrita por Rick Riordan, a produção prometia uma adaptação mais fiel ao material de origem, até mesmo tendo Rick Riordan como um dos criadores da série do streaming. 

Um breve histórico sobre minha relação com a série antes de começar a crítica em si, caso só queira saber a opinião sobre a série, pular para o próximo tópico.

Lembro até hoje do dia 12 de fevereiro de 2010 quando fui ao shopping comprar o livro ‘O Ladrão de Raios’ minutos antes de assistir o filme. Como filme, achei muito divertido e interessante. Depois, ao ler o livro, fiquei em completo choque ao descobrir que o filme não era uma boa adaptação, nem de longe. Esse livro mudou minha vida, foi o livro que me tornou uma leitora e até hoje acompanho as sagas de Rick Riordan e estou sempre relendo suas obras. Hoje, como adulta, não ligo se uma adaptação não for fiel, desde que seja bem feita e interessante. Então comecei a assistir a série com coração aberto para o que viesse.

A Série

Dividida em oito episódios, a primeira temporada da série adapta o primeiro livro, ‘O Ladrão de Raios’, e acompanha Percy Jackson, um garoto de 12 anos que se descobre filho de um deus grego e sai em uma missão para recuperar um item que todos acham que ele roubou e evitar uma grande guerra entre os deuses.

O primeiro episódio da série, “Sem Querer, Transformo em Pó a Minha Professora de Iniciação à Álgebra” (todos os nomes de episódios são nomes de capítulos do livro), é um episódio ok. Ele nos apresenta ao nosso protagonista e já nos coloca em sua jornada extraordinária. Achei o episódio bem corrido e que poderia ter sido usado mais tempo para que conhecêssemos um pouco mais do que estamos vendo.

Em uma entrevista, Rick Riordan disse que eles queriam chegar logo à missão de Percy. Porém, acho que eles conseguiam fazer isso com mais calma. E o primeiro episódio também inicia uma característica constante da série: os cortes secos para tela preta. Falarei sobre eles mais à frente, mas já adianto que é a pior escolha que fizeram.

O segundo episódio, “Minha Transformação em Senhor Supremo do Banheiro”, já considero um salto gigantesco em questão de ritmo, em relação ao primeiro. Somos apresentados ao Acampamento Meio-Sangue e conhecemos os campistas que farão parte da jornada de Percy. Porém, assim como o primeiro, acho que essa questão de querer chegar logo na missão faz com que a série perca grandes oportunidades de apresentar mais a fundo o mundo em que Percy está entrando. Sim, o público quer ver ação, quer ver as coisas acontecendo, mas também quer ver esse fantástico mundo novo que está sendo apresentado. 

Em “Nossa Visita ao Empório de Anões de Jardim”, acompanhamos as crianças em sua primeira empreitada perigosa da missão, o encontro com Medusa. E, aqui, já chegamos em mais um ponto um tanto quanto negativo da série: a exposição e a facilidade dos personagens em saber com o que estão lidando. Logo de cara eles sabem que estão na presença de Medusa e, Percy, já sabe tudo sobre ela. 

“Meu Mergulho para a Morte” é, provavelmente, um dos episódios mais esquecíveis da série. Coisas legais acontecem, mas é tudo tão rápido que não existe tempo suficiente para raciocinar o que foi visto e, quando você acha que está chegando lá, o episódio acaba.

“Um Deus Compra Cheeseburgers para Nós” é um ótimo episódio. Aqui temos o encontro com o deus da guerra e suas cenas com Grover são muito interessantes, tão interessantes que, se o episódio ficasse todo ali, na mesa com eles, batendo papo, não existiriam reclamações. Os efeitos visuais desse episódio também estão bem melhores do que a maioria dos outros.

“A Ida de uma Zebra para Las Vegas” e “De Certa Forma, Descobrimos a Verdade” estão entre os maiores desperdícios de potencial da série inteira. O primeiro tem como foco o Cassino Lótus, um lugar fantástico e inacreditável e o segundo o Mundo Inferior, reino do deus da morte, Hades. Ambos locais onde pode se fazer uma criação de mundo absurda e essa chance é desperdiçada.

Ao invés de maravilhosos e fantasiosos, a escolha de ambiência dos locais chega a ser extremamente chata e sem graça. O Cassino, que deveria ser um local de onde você não quer sair nunca, só é legal por fora, dentro é apenas um cassino normal. O Mundo Inferior é um local devoto de personalidade e cenários que se repetem, chato, sem graça.

A primeira temporada da série se encerra com o que é o melhor episódio dos oito apresentados. “A Profecia se Cumpre” traz uma finalização para o arco da temporada de forma satisfatória e deixa ganchos para o ainda está por vir, caso Mickey Mouse decida renovar a série. Ah! Ele tem uma cena pós créditos.

Foto: Percy Jackson e os Olimpianos / Divulgação: Disney+ Brasil

Pontos negativos

Pois então, eu sei que parece que só falei mal da série, mas queria deixar os pontos positivos para depois, de maneira a não me repetir tanto. Portanto, vamos aprofundar um pouco mais nos pontos negativos e, depois, tocaremos nos positivos e terminaremos em uma nota feliz.

Como anteriormente mencionado, a produção adotou o corte seco para tela preta em todos os episódios da série. Isso é um artifício que, particularmente, me incomoda muito. Sabemos que, antes do streaming, as séries utilizavam disso para que a emissora de televisão pudesse passar as propagandas, porém, aqui não existe essa necessidade. Li em algum lugar que esses cortes acontecem onde os capítulos do livro terminam, não sei quão verídica é esse informação, então não levem como verdade absoluta.

Dito isso, mesmo que essa tenha sido a intenção, gostaria que alguém tivesse colocado a mão na cabeça dos produtores e dito não. Esses cortes excessivos acabam o clímax das cenas, que já são quase inexistentes. Chega a ser um banho de água fria sempre que acontecem. Espero do fundo do meu coração que, caso a série seja renovada, essa escolha seja vetada. Para o bem do futuro da produção.

Em alguns momentos específicos, os efeitos visuais deixam muito a desejar. Utilizam muito a tecnologia do “Volume”, que realmente é sensacional, mas em alguns momentos você vê que, claramente, eles estão ali no cenário virtual. No último episódio vemos o Monte Olimpo e ele é realmente lindo, da vontade de visitar. Porém, no momento em que Percy chega na sala dos tronos para falar com Zeus, o local está todo caindo aos pedaços e te faz questionar se você foi parar no Mundo Inferior ao invés de no Olimpo. E o trabalho sonoro da cena em que Percy treina com Luke está extremamente mal feito e deixa o espectador com uma pulga atrás da orelha.

As cenas de ação são curtas e não tem nenhuma emoção pois são sempre cortadas quando a ação está prestes a começar. Salvo a cena de luta de Percy com um certo deus no último episódio, essa é muito boa!

Senti muito a falta de conhecer o Acampamento Meio-Sangue. Um local mágico sempre traz essa curiosidade de quem assiste e acho que poderia ter mais espaço na série. Queria um tour completo, confesso. O que vemos está lindo, é uma pena que seja tão pouco. Um outro grande ponto negativo é a exposição e o conhecimento dos personagens, como anteriormente descrito. Percy está ali pra representar o espectador, vamos descobrindo as coisas junto com ele. Teoricamente. Aqui, infelizmente, os personagens já sabem tudo sobre tudo e todos a todo momento. Antes mesmo de lutarem com um monstro, Percy diz quem é o monstro e o que ele faz com suas vítimas. O que destrói completamente qualquer expectativa de que algo vai dar errado para nossos protagonistas e tira qualquer chance de surpresa para a audiência.

Muitas motivações não são explicadas e imagino que quem não leu o livro muitas vezes fique se perguntando a razão do personagem ter feito algo. Diálogos que poderiam ser substituídos por uma simples troca de olhar. Existe um momento no último episódio que perde muito da carga emocional quando Annabeth literalmente diz “Eu ouvi tudo.”. Sendo que o espectador consegue inferir isso à partir da situação e das situações que ocorreram em momentos parecidos anteriormente.

Caso seja renovada, a série precisa repensar muito bem essas questões de roteiro.

Foto: Percy Jackson e os Olimpianos / Divulgação: Disney+ Brasil

Os positivos

Enfim, vamos falar dos acertos. Algo pequeno, mas que eu gosto bastante são os créditos iniciais e finais. Os créditos finais são lindos de assistir, eu sempre ficava até o final deles. Eles ilustram tudo o que vai acontecer na temporada, então, se você não gosta de spoilers, aconselho a assistir só no último episódio, mas assista pelo menos uma vez, é lindo demais.

O maior de todos os pontos positivos se encontra na escalação do elenco. O trio principal, composto pelos jovens Walker Scobell (Percy), Leah Sava Jeffries (Annabeth) e Aryan Simhandri (Grover), é encantador. Eles tem uma química prazerosa de se assistir e tem um talento enorme, mal posso esperar para ver o que mais eles fazem. Azriel Dalman interpreta um Percy mais jovem e ele é uma graça. Ainda no elenco mais jovem, Charlie Bushnell (Luke) e Dior Goodjohn (Clarisse), roubam todas as cenas em que estão presentes (que não são muitas). Dior Goodjohn expressa a raiva de sua personagem de maneira magnífica e Charlie Bushnell fala muito através de olhares e tons de voz.

Os adultos são impecáveis. Virginia Kull interpreta a mãe de Percy, Sally, e ela é fantástica, interpreta todas as nuances de uma mãe que só quer ver seu filho em segurança. Seu timing cômico é perfeito, assim como suas cenas mais emotivas. Timm Sharp dá vida ao personagem mais odiado da série de livros de Percy Jackson, o marido de Sally, Gabe. A versão de Gabe de Sharp não é tão odiável quanto a do livro, muito pelo contrário, ele traz um alívio cômico extremamente necessário e sua química com Kull e Scobell dá abertura à boas risadas. Odiável? Sim. Mas arranca gargalhadas.

Glynn Turman (Quíron) é perfeito no papel do mentor de Percy. Megan Mullally (Alecto/Sra. Dodds) tem uma participação pequena mas memorável, assim com Jessica Parker Kennedy, que interpreta Medusa. 

Os olimpianos, os deuses. Nesta primeira temporada conhecemos os deuses Dionísio, Ares, Hefesto, Hermes, Hades, Zeus e Poseidon. Dionísio é perfeitamente interpretado por Jason Mantzoukas, ele traz com maestria esse deus que não aguenta mais cuidar das crianças do acampamento. Timothy Omundson e seu Hefesto tem uma participação especial que deixa aquele gostinho de quero mais. Lin-Manuel Miranda traz um Hermes com sentimentos conflitantes e nos faz perguntar de qual lado ele está em toda situação.

Jay Duplas tem pouco tempo de tela como o deus dos mortos, Hades, mas trabalha muito bem, seu Hades só quer ficar quieto no seu canto e não se envolver com os problemas causados por seus irmãos. Poseidon, vivido por Toby Stephens, não é o pai perfeito, longe disso, mas nos faz sentir empatia por sua situação e nos faz acreditar no amor que o deus tem por Sally e Percy.

Lance Reddick traz um Zeus poderoso e que não deve ser contrariado, é uma interpretação perfeita e nos deixa com o coração doendo por não podermos ver onde ele levaria esse personagem. O ator veio a falecer antes da série ser lançada e esse é seu último trabalho televisivo, o último episódio é dedicado à ele.

E quem diria que um lutador profissional de luta livre seria o deus com mais destaque, carisma e presença de tela. Pois é, Adam Copeland “Edge” dá vida ao deus da guerra, Ares. O ator foi definitivamente um ponto alto da série, ele é Ares. Sua presença em cena é magnética e espero muito pela renovação para que possamos ter o prazer de ver ele retornar à esse papel. 

Ou seja, o elenco é perfeito. Juro, sem defeitos.

Outro ponto positivo é o material base e como ele é adaptado em algumas situações. Os livros de Rick Riordan são fantásticos e já são um ótimo ponto de partida. As adaptações feitas para o live action trazem melhorias a coisas datadas e melhoram coisas que poderiam ser melhoradas. Como mencionado anteriormente, toda estética do Acampamento está impecável. Você tem vontade de estar ali, participando com aquelas pessoas.

O design de produção, o figurino, maquiagem, todos maravilhosos. A trilha sonora, apesar do tema da série me lembrar muito o tema de Vingadores, também é muito boa. As escolhas de músicas pop são bem específicas e são todas muito bem utilizadas. Tenho também que bater palmas para a equipe de som que, apesar do erro que comentei mais acima, faz um trabalho maravilhoso em todo o resto da série. E o diretor de elenco também faz um trabalho fenomenal. Tanto ele quanto os atores trabalharam muito nos personagens e nos relacionamentos deles e isso é palpável.

As mudanças feitas à partir do material base me deixaram intrigada e animada pra descobrir o que viria à seguir.

Foto: Percy Jackson e os Olimpianos / Divulgação: Disney+ Brasil

E Vale a Pena Assistir?

Acho que a série sai de sua primeira com saldo positivo. É uma bela adição ao mundo de Percy Jackson e com certeza trará muitos novos fãs para a saga.

O material é ótimo, o elenco sensacional, só falta um pouco mais de trabalho na estrutura e finalização dos episódios.

Espero que a Disney renove a série para uma segunda temporada e que os realizadores levem em conta as opiniões dos espectadores para melhorias, pois Percy Jackson e os Olimpianos tem tudo para ser uma franquia duradoura e de sucesso, basta apenas querer.

Percy Jackson e os Olimpianos está disponível no Disney+

 

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