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Madame Teia | Crítica

Madame Teia | Crítica

Madame Teia é uma grande caricatice mal executada, porém divertida!

O universo cinematográfico do Homem-Aranha na Sony possui um caráter muito duvidoso! Produções em baixo orçamento que acabam conquistando o público se tornaram uma marca e por incrível que possa parecer, o estúdio continua a produzir novas obras com personagens que não estão no panteão da Marvel, com a qual a parceria continua! Desta vez, por uma hora e quarenta minutos mergulhamos em uma “caricatice” tão mal executada, que chega a ser divertida, e mesmo que os críticos digam que não vale o ingresso gasto, a sala lotada no último dia caba dizendo o contrário.

Assim, ‘Madame Teia’ é uma adição ao universo da Sony que mais parece um filme realizado por um fã que estava disposto a contar uma história de origem de um jeito “diferente”, mas que em sua concepção tem total sentido, e que na prática beira o constrangedor. E nessa execução tão duvidosa e nada coesa, sobram boas intenções e ideias, pois o material final requer uma boa dose de empatia por parte de quem assiste. Contudo, em meio a comentários acalorados de como se fazer cinema, diferentes figuras que surgem expert em roteiro e o famoso nerd que precisa encontrar um jeito de inviabilizar obras realizadas por, e com mulheres, podemos dizer que se você for ao cinema sem a expectativa pelo filme do século ou que irá mudar o gênero, é provável que você encontre a diversão entre a bizarrice. E foi o que aconteceu conosco! 

Fale Mais Sobre Isso

Cassandra Webb é uma paramédica que vive uma vida normal e longe de qualquer contato com outras pessoas. A mãe morreu ao dar a luz, e por isso carrega diferentes traumas do seu passado. Porém quando a jovem passa a ter visões de futuro envolvendo três adolescente, Cassandra passa a protegê-las de um homem que as quer morta, e essa mesma figura possui total conexão com seu passado, e os poderes que estão despertando! 

Insira aqui o meme: “Vai roteiro, faz um filme aí”!

Um dos discursos mais comuns quando produções como esta surgem é sobre o roteiro. Sobre as falhas, as inconsistências, os diálogos, a construção da trama, como se sozinho o roteiro fosse capaz de construir um filme de duas horas de duração. Obviamente que não se pode omitir os erros cometidos, mas nem sempre tudo é o desastre construído em discursos inflamados.

Logo, S. J. Clarkson comanda a produção e podemos dizer que ela executou o que foi proposto. Era para ser um filme de origem de herói, então temos um filme que segue a cartilha como tal. Ponto a ponto até o ato final onde temos o auge dos poderes da protagonista.

Mas o caminho até isso é tortuoso. A edição é mal executada, os cortes são secos, diretos e as transições não funcionam. O posicionamento de câmera é confuso, o que não nos deixa focar em certos momentos importantes, o mesmo podemos dizer dos efeitos visuais que são precários.

Toda da parte técnica beira o amadorismo, porém, para quem já viu muita coisa sendo realizada nesses universos, o jeito é ligar o botão do “foda-se” e começa a rir com, e do que está sendo visto. A partir disso a produção ganhou novos ares na sessão!  Mesmo com todo esse imbróglio de direção e execução, Madame Teia encontra na caricatice, nos instantes cafonas e no senso de não precisar ser o “melhor filme de herói de todos os tempos”, o melhor caminho para continuar.

E quando você menos espera a atmosfera bizarra acaba capturando você! Obviamente se o seu coração e mente estiverem abertos para isso! 

Foto: Madame Teia / Divulgação: Sony Pictures Brasil

“Esse é o pior filme que heróis que existe”

Calma crítico de cinema que está com raiva acumulada, e você também leitor que precisa de pequenos motivos para destilar um ódio em cima de produção de um personagem de quadrinhos. O fato é que Madame Teia não está querendo reinventar gêneros, tão pouco ditar tendências, o que se pretende aqui é lucrar, e isso é o que encontramos nessa indústria.

Desta forma, a narrativa do longa é uma grande confusão que mais parece episódica! Em momentos é possível sentir aquela falta do corte para tela preta esperando o comercial, pois a linearidade dos fato é muito estranha! 

E do nada temos um táxi roubado mais utilizado que Uber, uma lanchonete no meio de uma floresta, uma viagem para um país latino-americano que mais parece ter saído das novelas da Glória Perez, e motivações que não fazem qualquer sentido, já que a construção dos personagens é praticamente nula.

Por isso ele é o pior filme de heróis existe? Não!

O início dos anos 2000 nos entregou pérolas como Elektra, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado e Justiçeiro: Em Zona de Guerra, e nada mais justo que trazer essas lembranças direto do limbo da caçamba de lixo da Marvel que Kevin Feige não quer revirar! Deixando claro que produções de gosto duvidoso envolvendo super-heróis sempre existiram e irão existir. Principalmente pelo fato de que ao adaptar quadrinhos, por mais sombrio ou realista que se deseje ser, estamos falando de pessoas usando roupas apertadas combatendo vilões de formas absurdas. 

No fim das contas, você vai rir de caracterizações estranhas, dos diálogos, das tomadas de decisões incoerentes e de um desfecho que mais parece um encontro de drags que buscavam homenagear o Homem-Aranha! Por isso, toda essa caricatice nos arrancou risadas, então fica impossível massacrar algo que em sua essência sabe que não é uma maravilha e tão pouco demonstra estar apegado a isso! 

Foto: Madame Teia / Divulgação: Sony Pictures Brasil

E Vale o Ingresso?

‘Madame Teia’ é uma adição ao universo da Sony que mais parece um filme realizado por um fã que estava disposto a contar uma história de origem de um jeito “diferente”, mas que em sua concepção tem total sentido, e que na prática beira o constrangedor. E nessa execução tão duvidosa e nada coesa, sobram boas intenções e ideias, pois o material final requer uma boa dose de empatia por parte de quem assiste.

Contudo, em meio a comentários acalorados de como se fazer cinema, diferentes figuras que surgem expert em roteiro e o famoso nerd que precisa encontrar um jeito de inviabilizar obras realizadas por, e com, mulheres, podemos dizer que se você for ao cinema sem a expectativa pelo filme do século ou que irá mudar o gênero, é provável que você encontre a diversão entre a bizarrice. E foi o que aconteceu conosco! 

E verdade seja dita, este não é o pior filme de heróis de todos os tempos, e um simples “google” poder revelar isso! 

Madame teia está em cartaz no Cine A 

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