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The Last Of US Parte 2 | E os gamers passando vergonha.
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The Last of US Part II | “The Lacre Of US” e o gamer passando vergonha.

The Last of US Part II | “The Lacre Of US” e o gamer passando vergonha.

The Last Of US Parte II está entre nós! 

“The Lacre Of US”

Não é novidade para ninguém que a comunidade gamer é bem problemática e já se tornou corriqueiro os memes como “você é gamer mesmo, diz aí uma minoria que você odeia!”

Tudo isso seria bem engraçado se não fosse trágico.

Mas esse talvez seja o momento mais importante para lembrarmos do quão sujo pode ser esse meio que a gente tanto ama, e como é nossa obrigação manter a casa arrumada. 

The Last Of US: Part II foi um dos jogos mais aguardados de 2020! A Naughty Dog tinha em suas mãos a oportunidade perfeita para revisitar este universo, encerrar certos arcos e contar uma boa história.

Porém em maio as coisas começaram a mudar.

Após um enorme vazamento, alguns fãs (poucos, mas bem barulhentos), começaram a reclamar – mesmo sem saber de todos os contextos – das decisões que a empresa tomou ao longo do processo de criação do The Last Of US: Part II.

Você deve pensar – mas o que levaria essas pessoas a se irritarem tanto? – E é aí que a gente começa a mexer no saco de merda e como todos sabemos, quanto mais você mexe no saco de merda, mais ele vai feder. 

Mas antes, vamos relembrar:

Em The Last Of US, você controla Joel, um homem que perdeu seu filha em seus braços, vítima da violência estatal generalizada que tomava conta do mundo.

Ao lado de Joel, vamos aprender mais sobre aquele mundo, sobre os perigos que cercam a nossa tão frágil existência, aos poucos vamos ganhando a liberdade, a experiência e a motivação para continuar, aos poucos vamos nos tornando a Ellie.

Ellie é uma personagem que se mostrou imune ao vírus que afetava aquele mundo, sendo assim uma peça importante e fundamental – desde o início da construção desta narrativa -.

Agora que todo o contexto fresquinho, voltamos para a sujeira.

Uma das principais mudanças e também uma das maiores reclamações é que aqui não estamos mais controlando Joel, pelo menos não como eles gostariam.

Ellie é a responsável por comandar e prosseguir com toda a história que está sendo contada, ela é o fio condutor que leva o jogador de um canto a outro.

“Mas qual seria o problema nisso?”

Agora, sabemos mais sobre ela, sobre a sua sexualidade, pensamento e desejos, sabemos que Ellie é uma mulher, que está se tornando cada vez mais forte, cada vez mais independente.

“Tá, mas qual o problema?”

Quanto mais a história avança, mais os personagens femininos ganham a tela, sua antagonista –  que também é mulher –  acaba ganhando destaque e cada vez mais camadas. Inclusive, caso você já tenha jogado e queira entender um pouco mais sobre a Abby, recomendo fortemente esse texto da Carol Costa, do IGN Brasil.  

Agora você consegue perceber? Essa cultura gamer que tanta gente cultua, nunca foi de verdade pelos games, nunca foi sobre boas histórias, bons personagens, não.

É uma cultura machista, que não está preocupada na inclusão, não está preocupada em dar voz e nem o espaço QUE TODOS MERECEM. 

A forma como a mulher é apresentada visualmente e os clichês narrativos também são reflexos culturais de como a mulher é vista na sociedade.  A luta das mulheres por igualdade e a quebra do paradigma do sexo frágil vem acontecendo há anos.  Aos games, por serem uma mídia grandiosa e influenciadora tem como dever incluir, apresentar a diversidade existente, assim como aceitar a existência da mulher como gamer.

A Representatividade das Mulheres nos Games

Imagina você ser um jovem de 25 anos (ou mais), vivendo na casa dos seus pais, preocupado se o personagem virtual vai beijar alguém do mesmo sexo?! É patético, digno de pena. 

Mas, como aprendemos em The Last Of US: Part II e tantos outros títulos, as pessoas evoluem, os jogos vão continuar evoluindo, e você que está preocupado com “lacração” em jogo, um recado:

Você não é bem-vindo aqui. 

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