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O Halloween do Hubie - Crítica - Geek Guia
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O Halloween do Hubie – Crítica

O Halloween do Hubie – Crítica

Doces, travessuras ou o Adam Sandler?

Filmes com temática de Halloween sempre trazer todo os aspectos clássicos do terror, com referências, ambientações e tramas que nem sempre tem o intuito de assustar. A grande maioria dessas histórias divertem e apresentam um contexto mais amigável do que propriamente causar medo como Deu a Louca nos Monstros, Abracadabra e Paranorman! E nesse estilo encontramos o novo filme de Adam Sandler na Netflix.

Por mais que às vezes o nome do ator esteja atrelado a produções de baixo orçamento e com uma narrativa bem duvidosa, não se pode remover o mérito da tentativa de percorrer gêneros cinematográficos para contar suas histórias, ou simplesmente reunir os amigos para realizar algo que sempre quis. E analisando bem, quem não gostaria de fazer isso ao mesmo tempo que se descola alguns doces de graça?

Hubie Dubois mora em Salém e parece que ninguém da cidade o trata da maneira adequada. Porém isso não tira dele a vontade de celebrar o Halloween, logicamente com todos os cuidados necessário. Só que este ano será diferente, algo está rondando o local, pessoas começam a desaparecer e em meio a toda essa confusão, Hubie será o único capaz de resolver esse mistério na noite mais assustadora que existe!

Dirigido por Steven Brill, e com roteiro do próprio Adam Sandler, a produção é uma homenagem às produções de terror e àquelas que trazem a temática do Halloween, mas ao estilo do ator excêntrico! Encontramos o que é costumeiro no ‘Sandlerverso’, piadas escatológicas, de duplo sentido, referências à cultura norte-americana que somente quem escreveu a história irá entender, o personagem avesso à tudo que é paixão secreta de alguém e por aí vai!

Ao mesmo tempo, a “gangue” de amigos de Adam também está presente, Kevin James, Ben Stiller (fazendo uma participação especial), Steve Buscemi, Rob Schneider e tantos outros que já vimos em obras anteriores. Cada um fazendo um papel que auxilia o contexto do personagem principal e potencializa a comédia, principalmente a física.

Desta forma, é perceptível o esforço em criar uma narrativa que utilize as nuances da data celebrada em cada momento, como na sequência do labirinto do milharal ou na “Casa Assombrada”. De igual modo, quando o filme realmente decide mostrar o que pretende (Isso lá pelos 40 minutos de produção) há um tom de slasher movie (Filmes com assassinos em série) misturado a um quê sobrenatural, mesmo que nada disso seja explorado ou alavancado da forma mais assertiva!

Como voluntário treinado, sei como é quando a diversão sai do controle

O que temos então é uma produção que elabora uma trama com o intuito de divertir e celebrar o que já foi realizado dentro da temática no cinema. Ao mesmo tempo que o elenco demonstra estar se divertindo a cada situação inusitada que ocorre na cidade e com Hubie. Aliás, o protagonista em questão carrega uma lição interessante sobre gentileza, empatia e dedicação às pessoas próximas, ainda que sejam completamente maldosas em suas ações.

Nesse pensamento, o lema de “doces ou travessuras”, tão usado no Halloween, aqui seja também uma metáfora sobre o personagem principal, sempre com atitudes doces, porém comedido por travessuras constantes, até o momento que a ingenuidade de Hubie se torna importante para a resolução dos mistérios que cercam Salém (É preciso dizer que utilizar a cidade foi um acerto).

Em contrapartida, por mais que haja empenho em criar uma narrativa que una as nuances da data e evoque os arquétipos do terror, nada disso realizado de maneira competente. Quando estamos querendo entender mais do mistério, o roteiro faz Hubie dar voltas pela cidade somente para criar situações vergonhosas tentando inserir piadas e isso atrapalha completamente certos pontos estabelecidos pela história. Como a casa do vizinho que não parece ser tão perto assim, personagens que se deslocam de um local à outro rápido demais e a falta de decisão de realmente querer contar uma história adulta ou infanto-juvenil!

Mas apesar de tudo isso, Adam Sandler vai encontrar um público fiel a mais uma de suas obras e garantir risadas para quem apenas se deixar levar por Hubie e sua bicicleta!

O Halloween do Hubie é um filme que consegue divertir e entreter, sem ter muito mais a oferecer! Por mais que exista uma ideia de celebrar os clássicos do terror e prestar algumas homenagens, nada disso passa da boa intenção, já que o emprego de tais elementos não acontecem da maneira mais correta, atrapalhando um pouco desenvolvimento da trama.

Ao mesmo tempo, em questões de caracterização e atmosfera do Halloween, a produção acerta em cheio, trazendo um pouco mais dessa cultura, ao passo que apresenta uma lição importante sobre empatia!

Se Adam Sandler é ou não um bom ator, ou se seus filmes são bons ou não, fica a critério de cada um decidir! Talento ele possui, e ideias interessantes também, por mais que sempre fique aquele desejo crítico de falar mal constantemente, desmerecendo o trabalho, rebaixando o artista, sejamos sinceros, em algum momento você irá dar risada! E se você riu, Adam Sandler fez o seu trabalho!

O Halloween do Hubie está disponível na Netflix!

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