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Love + Death + Robots | Conheça a 3ª Temporada
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Love + Death + Robots: 3ª Temporada | Crítica

Love + Death + Robots: 3ª Temporada | Crítica

Histórias magníficas contadas em sua totalidade

É incrível o poder das animações em atribuir liberdade aos seus criadores. Histórias magníficas contadas em sua totalidade, sem limite de orçamento ou qualquer outra coisa que impeça a criatividade de ser explorada. Talvez por isso a aclamada antologia de contos em animação da Netflix, Love Death & Robots seja uma peça tão importante de seu catálogo e deixe tanta gente ansiosa aguardando novas temporadas e novas histórias.

Nessa terceira temporada, a série traz nove episódios (já digo que poderia ter mais) que tem duração variada, de 5 até 20 minutos. Alguns mais divertidos e outros mais profundos, mas todos reforçando a qualidade acima da média que a série costuma sempre trazer.

Além disso, temos nomes muito interessantes esse ano, Seth Green, Rosario Dawson, Jai Courtney e Joe Manganiello compõem o casting dessa temporada. Até mesmo David Fincher põe as mãos na direção de um dos episódios (spoiler, o meu preferido da temporada).

Bom, e como estamos falando de uma antologia, é preciso comentar individualmente cada um dos episódios que constituem essa temporada:

Três Robôs

O primeiro episódio dessa temporada é também uma continuação de um dos episódios da primeira temporada, onde acompanhamos as reflexões de três robôs num mundo pós apocalíptico e suas conclusões sobre o que poderia ter deixado a humanidade chegar a esse ponto.

Uma crítica intensa e bem humorada sobre a ganância e excesso de poder aquisitivo de poucos que culmina na miséria de muitos e também no fim de todos. Aqui tem muito do conceito da revolta das máquinas, por um viés bem cômico eu diria, mas também me faz refletir o quão estranho é querer que algo que só existe para nos servir (máquinas e robôs) tenha uma aparência e inteligência humanizada, será que isso diz alguma coisa sobre nós mesmos?

Viagem Ruim

A fantasia de horror é algo que me atrai muito e o David Fincher sabe fazer isso muito bem. Nesse episódio vamos assistir a tripulação de um navio de pescadores sendo obrigada a transportar um hóspede nada agradável. A criatura além de fazer exigências de uma forma assustadora, ainda precisa se alimentar regularmente.

Tenso, bem construído e de fato um deslumbre gráfico, não tem como não passar pelos 20 minutos desse episódio e não ficar extasiado (ou agoniado). Nesse episódio o protagonista levanta um dilema muito importante, será que vale a pena fazer uma coisa muito ruim a algumas pessoas, pensando no bem de milhares?

O Mesmo Pulso Da Máquina

No terceiro episódio uma astronauta tenta sobreviver e levar o corpo de sua companheira para um lugar seguro enquanto usa algumas substâncias para manter seu corpo em atividade e conseguir completar a viagem antes que seu oxigênio acabe, mesmo que isso signifique ficar completamente à mercê de seus pensamentos mais alucinantes impulsionados pela substância ingerida.

Se conectar com o lugar onde você pertence às vezes é tão difícil, que nós temos uma necessidade incontrolável de desbravar novos horizontes. Mas será que não vale a pena abraçar aquilo que não está debaixo dos nossos pés? Quantos horizontes existem ao nosso alcance?

Talvez por isso a psicodelia desse episódio seja uma experiência tão única.

Noite dos Minimortos

Mais um stopmotion em miniatura de Love Death and Robots. Dessa vez trazendo um tema bem frequente na cultura pop: zumbis. Em poucos minutos o episódio mostra como acontece um apocalipse zumbi, a partir de um ato profano em um lugar “sagrado”.

Mesmo sendo um dos episódios mais curtos e sendo totalmente voltado ao humor da situação, se é que existe, ainda sim ele consegue entregar uma crítica bem ácida no final sobre a soberania política e o poder militar dos Estados Unidos, fazendo com que um país seja praticamente o responsável pelo destino de toda humanidade.

Matança em Grupo

Violência e muito sangue, é o que você vai encontrar nesse episódio onde um grupo de guerrilheiros em uma missão para encontrar um outro grupo e acaba encontrando na verdade uma criatura híbrida/aindroide com muita sede de sangue. Aqui temos um excesso de “caricatice masculina”, piadas machistas, sobre pintos, mortes, sanguinolência e muita violência é claro.

Aqui também está muito presente as consequência do que seria a revolta das máquinas, tema bem recorrente nesta temporada.  É um episódio divertido no final das contas, mas sem muito proveito além de ver homens héteros sendo destroçados.

Enxame

O que acontece quando a humanidade insaciável busca explorar tudo a qualquer custo?

Neste episódio acompanhamos um cientista que é apresentado a uma sociedade alienígena repleta de criaturas super inteligentes, seu objetivo é na verdade não apenas conhecer como funciona a sociedade em colmeia das criaturas, mas sim explorar seu funcionamento visando entender o que poderia restaurar o caos da expansão humana na terra.

Um episódio intrigante, cheio de críticas a humanidade incapaz de olhar para seus próprios erros para enxergar o que é necessário para melhorar a qualidade de vida.

Ratos de Mason

Quando sua fazenda é infestada por uma sociedade armada de ratos geneticamente evoluídos, é preciso encontrar recursos tão ameaçadores quanto eles para se livrar do problema.

Ok, isso aqui é realmente muito bom. Toda guerra tem dois lados, o seu e o do inimigo. E mesmo que pareça tão horrível, usar tanta violência, dizimar centenas para vencer uma guerra, ainda sim é feito. E para que não seja tão horrível, é preciso desumanizar seus inimigos, fazendo que todos acreditemos que eles são inferiores, pragas: ratos.

Acontece que, veja bem, na maioria das vezes são só criaturas com vivências e culturas diferentes, querendo apenas viver suas vidas, é tão ameaçador assim?

Na vida real, poucas vezes temos finais pouco mais agradáveis numa guerra. Ainda bem que na ficção seja um pouco mais reconfortante.

Sepultados Na Caverna

Soldados em uma missão encontram uma criatura mística e ameaçadora e precisam fazer uma escolha.

Lovecraft é uma referência bem agradável, mas é isso, não tem nada de extraordinário aqui. Talvez o conflito em relação ao controle da mente seja o que é mais atrativo, mas também não chega a nenhum ponto que faça o espectador a se conectar de fato com os personagens.

Fazendeiro

Quando uma sereia revestida de joias atrai com suas belas canções uma cavalaria inteira para sua perdição, ela fica intriga e fascinada com um cavaleiro que parece não ser impelido por sua mortalidade, estão envolvidos em uma dança mortal eles tem juntos o seu fim.

Sem nenhum diálogo, o último episódio dessa temporada consegue contar uma história poderosíssima, sobre a ganância humana. Talvez visualmente seja o conto que mais me agrada, é um caos visual belíssimo, e ainda que seja difícil de acompanhar e compreender tudo o que o curta esteja dizendo da primeira vez, não deixa de ser uma experiência avassaladora.

Por que você deve assistir?

A terceira temporada de Love, Death + Robots, conta com episódios intermediários pouco cativantes, e alguns diálogos fracos, a animação (o carro chefe) na maioria das vezes surpreendente, histórias únicas e variedade de tons certamente fazem com que esta terceira temporada de Love, Death & Robots valha muito a pena assistir.

Ansioso para o que mais essa antologia pode trazer para nós.

Love, Death + Robots está disponível na Netflix

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