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Halloween Ends | Crítica

Halloween Ends | Crítica

O fim anticlimático

Em 2018, o retorno da franquia Halloween foi a comprovação de que era possível “ressuscitar” personagens icônicos dentro de uma história que honrasse o que é considerado clássico, mas apontasse de forma competente para o futuro. Na sua continuação, ‘Hallowen Kills’ de 2021, que dividiu os fãs e as opiniões, percebemos que o exagero poderia comprometer aquilo que tinha sido acertado e assim restava a esperança que o final fosse tão emblemático quando Michael Myers e Laurie Strode são para o terror. E já temos que avisar que não foi desta forma!

Assim, ‘Halloween Ends’ chega aos cinemas de uma forma tão anticlimática, sem emoção, confusa e acima de tudo, não honrando o legado de horror que se propôs a construir em seu retorno a quatro anos atrás. O que temos é uma produção desconexa, mal construída e indiferente ao que os protagonistas representam dentro do gênero. Resultando em uma obra tão sem emoção que você não tem o que esboçar quando o tudo acaba, e isso é pior do que não gostar! Pois Michael Myers e Laurie Strode mereciam muito mais!

Fale Mais Sobre Isso

Quatro anos se passaram desde os últimos ataques de Michael Myers à comunidade de Haddonfield. Laurie segue uma vida até então normal com sua neta Allyson. Tudo muda quando as duas conhecem Corey, um jovem que passou por um terrível trauma e aparentemente, desperta na jovem um sentimento inconsequente, o que deixa a avó preocupada com o comportamento do rapaz para com sua neta. Porém, quando o Halloween se aproxima, a figura do Bicho Papão parece ter retornado, mas desta vez tanto Laurie quanto Allyson terão que enfrentar em definitivo o que tanto as assombra!

Sem Emoção

David Gordon Green retorna a direção para fechar o ciclo iniciado em 2018 e não sabemos ao certo o que se passou na cabeça dele para chegar a conclusão que esta seria a melhor história a ser contada em ‘Halloween’!

Apesar do diretor continuar sabendo como conduzir as sequências de assassinato e ataques, o restante é uma grande demonstração desconexa de tentar empregar uma necessidade de explicações (Que ninguém pediu e que sabemos que não funcionam) e contextos para sustentar personagens que já estão estabelecidos em uma franquia que possui nomes emblemáticos!

O grande problema é que nesse emaranhado de idas e vindas, romance, culpa da vítima e uma forma de estabelecer uma legado que não faz sentido, a direção esquece do essencial: Causar algum tipo de emoção em quem assiste! 

Michael Myers surge, você não sente medo. Se ele ataca, você não se espanta. Se Laurie reage, você não torce. Não há gritos, não é demonstração do verdadeiro mau, apenas falas, e mais falas soltas! Esse desfecho é tão indiferente na construção de seus maiores antagonistas que tanto o psicopata quanto a sobrevivente parecem não ter o que fazer em pouco mais de duas horas de filme. E sobra sequência de passeio de moto e idosa torcendo a boca olhando para a janela! 

E quando finalmente iríamos contemplar o combate final, tudo é abrupto, apressado, mal construído, com uma edição tão apática que apenas desejamos que acabe logo, pois nada aqui honra realmente quem são Michael Myers e Laurie Strode! 

O resultado é uma obra tão sem emoção que você não tem o que esboçar, e isso é pior do que não gostar! 

Não se explica o mau!

Corey trabalhava como babá quando num terrível acidente o menino que ele tomava conta acabou morrendo. Isso o fez se tornar um párea em Haddonfield. Porém isso muda quando conhece Laurie, e ela o apresenta a Allyson. Logo uma amizade se torna obsessão, ao mesmo tempo que o retorno Michael Myers parece ser eminente neste novo 31 de outubro.

O texto de ‘Halloween Ends’ se propõe a muitas coisas: Explicar o mau em Michael Myers (Como se a franquia já não tivesse tentado), estabelecer a influência do ser humano pelo contexto em que vive, os traumas que ainda carregamos ao longo da vida e o fato de que em algum momento enfrentar o que aflige se torna inevitável. Ok, pontos bem escolhidos, mas não desenvolvidos.

O assassino se torna um mero coadjuvante, Laurie uma senhora acoada, Allyson é apenas uma jovem insuportável e Corey era uma pessoa que precisava de terapia! E nenhum deles tem algo de relevante para entregar aqui. Nem mesmo a tal “história legado” se constrói de forma plausível, tão pouco há uma preparação ou senso de perigo real quando irmã e irmão se enfrentam definitivamente. E não podemos esquecer que o halloween, data que dá nome a franquia mal aparece, mal se faz presente com seus elementos e com a atmosfera que sempre esteve na saga! 

E nisso perdemos mais de uma hora de filme com passeios de moto, Laurie cozinheira e Michael “professor” de psicopata! 

De fato existem elementos interessantes aqui, mas todos emulados de ideias ruins dos filmes que esta nova trilogia pretendia esquecer, tornando esta produção desconexa, mal construída e entediante! 

‘Halloween Ends’ é um final tão anticlimático, sem emoção, confuso e acima de tudo, não honra o legado de horror que se propôs a construir em seu retorno a quatro anos atrás.

O que temos é uma produção desconexa, mal construída, entediante e indiferente ao que os protagonistas representam dentro do gênero. O resultado é uma obra tão sem emoção que você não tem o que esboçar quando o tudo acaba, e isso é pior do que não gostar!

Pois Michael Myers e Laurie Strode mereciam muito mais e agora não temos nem aquele sentimento de esperança por algo vindouro, nos restando apenas olhar para a janela esperando que um novo bicho papão surja! 

‘Halloween Ends’ está me cartaz nos cinemas! 

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