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E o tal do Oscar?

“Não assisto mais essa porcaria…” Weber, Willian. 2017.
“Estou tão ansioso pro Oscar!” Weber, Willian. 2018.

Todos os anos a nossa redação de cinema tem como agenda fixa assistir os filmes indicados ao Oscar, escrever as críticas, comentar e preparar a live especial.
Este ano não é diferente para essas atividades, mas existe um sentimento novo com relação a cerimônia. Talvez seja o apreço e a força que o nome Oscar possui retornando em paralelo a tantas produções diferentes ganhando o reconhecimento devido ou é só aquela velha história de ser “trouxa” que o prêmio sempre escreve para os seus espectadores. Entretanto, estaremos assistindo.
Mudanças na academia aconteceram e estão acontecendo. Um reflexo da sociedade que vivemos em relação as produções que estão sendo realizadas na sétima arte. Logicamente se pararmos para analisar, “Os Filmes de Oscar” ainda estão lá, com seus dramas de superação ou narrativas de guerra. Porém, como aquele plot-twist que nos faz comentar e suspirar em uma sala de cinema, 2018 para o Oscar se tornou uma porta aberta para reais transformações que são necessárias. Principalmente para celebrar produções que conquistaram o público e que dão voz, rosto, a quem poucas vezes esteve na grande premiação do cinema. Surpreendendo muita gente! 
Assim, o terror psicológico e cômico mostrando diferenças raciais conseguiu seu lugar, o romance entre dois jovens homossexuais foi cultuado como uma história tocante de amor, uma jornada de descoberta através da narrativa da vida de uma jovem adolescente carregada de força se tornou icônica, uma mãe em busca de justiça é forte candidata ao maior prêmio da noite e até mesmo um herói mutante sendo lembrado por sua boa história.
Observando atentamente esse pode ser o Oscar mais diferente dos últimos anos, onde o espectador finalmente encontrará reconhecimento em quem está sendo candidato e até mesmo no vencedor!
É esta mistura que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas precisa!
Obviamente as injustiças continuam!
Meryl Streep ocupa o lugar de Tatiana Maslany na categoria de Atriz, Daniel Day-Lewis facilmente poderia ser retirado da lista de Melhor Ator e Jake Gyllenhaal ser reconhecido, a ótima produção Mãe ao menos merecia uma indicação técnica, o nosso Bingo – O Rei das Manhãs é melhor que pelo menos três dos indicados a filme estrangeiro e Doentes de Amor era pra ter sido lembrado com mais carinho, não apenas em uma única indicação.
O tal do Oscar pode ser injusto várias vezes, esquecer quem realmente fez um bom trabalho e até mesmo ser entregue em mãos muito erradas, entretanto, como a arte que ele celebra, sempre há esperança quando sessão começa, de tal forma quando a cerimônia tiver início e o primeiro envelope for aberto, causar aquela sensação que pode surpreender.
Então, que as mudanças internas na premiação venham realmente a surtir o efeito esperado, não apenas transparecer uma renovação fajuta, ou simplesmente para criar uma demagogia cinematográfica onde muito se fala sobre apoiar obras representativas, mas ao final quem sai carregando a estatueta são os mesmos de sempre.
Sabe o prestígio e o apreço que o Oscar precisa recuperar? Eis a chance!
E quem sabe o tal do Oscar possa enfim voltar a ser a maior premiação do cinema.
Domingo saberemos!

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