Avatar: O Caminho da Água | Crítica
Avatar: O Caminho da Água é grandioso tecnicamente, porém raso em história!
Em 2009 houve uma mudança nos paradigmas técnicos do cinema quando ‘Avatar’ estreou. Não apenas se tornou um dos maiores filmes no quesito bilheteria, mas o diretor James Cameron apresentou tecnologias capazes de fazer com que o público adentrasse ainda mais a história que estava sendo contada graças ao 3D e a forma como foi utilizado. Algo que nos anos que se seguiam muitos tentaram copiar, porém sem o êxito das criaturas azuis. Anos se passaram e a produção da continuação do grande Blockbuster seguia, pouco se sabia até sua estreia e então o que podemos dizer de antemão é que sim, Cameron sabe como avançar ainda mais no caráter técnico cinematográfico, contudo esquece a história precisa andar no mesmo ritmo!
Desta forma, ‘Avatar: O Caminho da Água’ é a grandiosidade, o deslumbre e a maravilha técnica que há muito tempo não se via em tela. O longa consegue nos colocar dentro de cenários, ambientações, nos faz observar com assombro criaturas, ao mesmo tempo que explora ainda mais Pandora, sua cultura e costumes. Por outro lado, a história parece enrolar o espectador por diversos caminhos para que não perceba os grandes “buracos” existentes, preenchidos com sequências que emulam ‘Moana’, ‘Atlantis’ e ‘Pocachontas’ (novamente), onde só falta uma trilha sonora cantada por uma “Diva Pop”! Ou seja, não se pode acertar por completo! E se não temos Celine Dion, James Cameron dá um jeito de, mesmo assim, afundar navios, criar batalhas épicas e entreter! Haja três horas de filme para tudo isso!
Fale Mais Sobre Isso
Jake Sully e Ney’tiri construíram uma família em Pandora e aprenderam a conviver com tudo o que o planeta tem para oferecer! E ao passo que seus filhos crescem, eles buscam a paz que sempre desejaram para suas vidas. Porém quando uma nova ameaça chega ao local, tudo muda e Jake precisa proteger quem ama! Para isso, eles partem uma jornada aos mares de Pandora, por entre criaturas desconhecidas, e povos com costumes distintos, mas será necessário aprender para enfrentar a guerra que se aproxima e defender a família acima de qualquer coisa!
Grandioso
Apesar do ego de “três Anittas”, James Cameron sabe o que faz, quando o assunto é a parte técnica! “O Caminho da Água” é um festival de assombro e deslumbre a cada nova sequência, cena e criatura que passa a mostrar em tela. Se conhecíamos um pouco de Pandora, agora sabemos que há muito desconhecido!
Para isso, cada ser aquático possui características próprias, empregadas com tanto apuro de efeitos visuais que deixa uma Marvel inteira com inveja no primeiro Na’vi que surge no longa! As texturas, as cores, luminosidade e os detalhes que surgem, ganham cada vez mais espaço e capricho tão minucioso que fica difícil em alguns momentos saber para onde olhar por conta de uma construção tão bem realizada do começo ao final! Desta forma, as sequências de ação, que às vezes em outras produções sofrem com o emprego de CGI, aqui mantém a mesma qualidade, o que deixa tudo ainda mais fluido, dinâmico e com o impacto necessário para entreter o público.
Assim Cameron vai nos surpreendendo a cada novo momento! Tanto em terra e principalmente no mar! Criando uma das batalhas mais épicas e empolgantes de 2022 do cinema. Com direito a navio afundando, “dobradora de água” e um Mogli genérico garantindo a continuação, e dinheiro pro cofre de Avatar!
Contudo, tal grandiosidade não justifica as mais de três de duração de filme, que facilmente poderia ser contado em duas horas e meia, no máximo. Pois se formos colocar na ponta do lápis, uns 50 minutos é momento de fundo do mar, encontro com peixe, nado sincronizado, frases de efeitos e mais nado com criaturas. Demonstrando que isso é um artifício bem executado para não percebermos que a história não tem muito a oferecer!
Mas se tem bons efeitos visuais, o público ama, recomenda e vai de novo! Ou seja, “James Cameron, a senhora é destruidora mesmo”!
Falando sobre o mar, mas raso em história
Lá vai o Jake e sua família tendo que se esconder em Fernando de Noror… Digo, em uma tribo da Água do Sul… Digo, com o povo do Mar! Difícil, ein!
Porém sejamos sinceros, tudo aqui é muito raso e previsível! Sabemos que será necessário fugir, sabemos que adaptação aos novos costumes de quem tem o mar como parte vital não será fácil, sabemos que haverá uma perda terrível, sabemos que alguém vai descobrir um dom e sabemos que a ameaça vai se repetir do primeiro longa, mas dessa vez mais letal (Praticamente pegando uma regra clássica dos filmes de terror).
Tudo isso demonstra que a narrativa é um grande emulado de muita coisa que a gente já assistiu, de animações à filmes clássicos, de animes ao próprio longa original. É como se na construção Cameron pensasse que estivesse inventando a “roda das histórias”, mas apenas copiou e colou muito bem a trama, alicerçada em quesitos técnicos tão superiores há tudo que vimos nos últimos anos que fica quase impossível não perceber que não há muito o que aproveitar do roteiro!
E isso atrapalha a nossa experiência? Pelo contrário, você se diverte, emociona, ri e até leva uns sustos, ou seja, cumpre a cartilha cinematográfica! Só que como todo crítico precisa de ao menos um parágrafo para falar mal, eis o nosso!
‘Avatar: O Caminho da Água’ é a grandioso, o deslumbrante, uma maravilha técnica que há muito tempo não se via em tela!
O longa consegue nos colocar dentro de cenários, ambientações, nos faz observar com assombro criaturas, ao mesmo tempo que explora ainda mais Pandora, sua cultura e costumes. Por outro lado, a história parece enrolar o espectador por diversos caminhos para que não perceba os grandes “buracos” existentes, preenchidos com sequências que emulam ‘Moana’, ‘Atlantis’ e ‘Pocachontas’ (novamente), onde só falta uma trilha sonora cantada por uma “Diva Pop”!
Ou seja, não se pode acertar por completo! E se não temos Celine Dion, James Cameron dá um jeito de, mesmo assim, afundar navios, criar batalhas épicas e o mais importante, entreter!
‘Avatar: O Caminho da Água’ está em cartaz nos cinemas!