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10 Filmes de Terror Não-Estadunidenses

10 Filmes de Terror Não-Estadunidenses

E Vamos de Filmes de Terror Não-Estadunidenses

O terror é um gênero cinematográfico que ressoa profundamente em todo o mundo, proporcionando a todos nós a oportunidade de experimentar emoções intensas e medos que transcendem barreiras culturais. Com o Halloween se aproximando, é chegada a hora de nos aprofundarmos nos filmes que nos fazem estremecer, explorando os recantos mais obscuros da psique humana e desvendando o sobrenatural.

No entanto, desta vez, estamos prestes a trilhar um caminho pouco convencional. Esta jornada nos conduzirá por terras distantes, cada uma delas oferecendo uma visão única e instigante do terror. Cada filme selecionado não apenas nos assusta, mas também nos mergulha em contextos culturais fascinantes, nos fazendo estremecer diante do desconhecido.

Então, prepare-se para uma experiência cinematográfica arrepiante, onde cada obra é uma porta de entrada para um mundo de pesadelos e mistérios inexplorados. Pegue sua pipoca, apague as luzes e esteja preparado para ser levado a um lugar onde o medo reina supremo, pois o Halloween se aproxima, e o terror se manifesta em todas as suas formas ao redor do globo.

Crítica do filme O Orfanato | Atmosfera de terror ou terror de atmosfera? - Café com Filme

“O Orfanato” (2007) – Espanha

“O Orfanato” é uma obra-prima do terror psicológico espanhol. A história segue Laura, que retorna com seu marido e filho para a antiga casa onde ela cresceu, agora um orfanato abandonado. Quando seu filho começa a fazer amigos imaginários e acontecimentos estranhos começam a perturbar a família, Laura se vê mergulhada em um mistério assustador que a levará às profundezas do passado sombrio do lugar.

Uma das maiores realizações deste filme é sua habilidade de construir uma atmosfera de tensão que se intensifica gradualmente. Bayona opta por uma abordagem mais sutil do terror, evitando os sustos fáceis em favor de uma narrativa que se aprofunda lentamente na inquietante escuridão do passado. O cenário opressivo da casa contribui para a sensação de claustrofobia e isolamento, criando um ambiente perfeito para o desconhecido se manifestar.

Belén Rueda oferece uma atuação poderosa e emocional como Laura, cuja determinação em descobrir a verdade sobre a casa e seu filho desaparecido impulsiona a trama. A conexão entre mãe e filho é um dos aspectos mais comoventes e envolventes do filme, tornando o terror psicológico ainda mais perturbador.

A trilha sonora é um componente vital para o sucesso deste filme. Fernando Velázquez compõe uma trilha que oscila entre o melancólico e o assustador, acentuando perfeitamente cada momento de suspense e desespero.

CRÍTICA [CINEMA] | "Invasão Zumbi", por Marlo George

“A Invasão Zumbi” (2016) – Coreia do Sul

“A Invasão Zumbi”, dirigido por Yeon Sang-ho, é um filme sul-coreano que redefiniu o gênero de filmes de zumbis, oferecendo aos fãs uma experiência eletrizante e cheia de suspense no cenário apocalíptico de um surto de zumbis.

A trama se desenrola em um cenário familiar, um trem de alta velocidade que liga Seul a Busan. Quando um vírus misterioso se espalha rapidamente, transformando passageiros em mortos-vivos sedentos de carne, um grupo de sobreviventes a bordo do trem luta pela vida e por um lugar seguro. O filme não apenas abraça o gênero de zumbis, mas também mergulha profundamente nas emoções humanas, explorando temas como coragem, sacrifício e o instinto de sobrevivência.

Uma das maiores realizações de “A Invasão Zumbi” é sua habilidade de criar uma tensão constante do início ao fim. Os momentos de ação são coreografados de forma brilhante, mantendo o público grudado em suas poltronas. O ambiente claustrofóbico do trem intensifica a sensação de urgência e desespero, enquanto os zumbis são retratados de maneira assustadora e convincente.

Os personagens são bem desenvolvidos, e o elenco entrega atuações memoráveis, particularmente Gong Yoo no papel do pai corajoso que luta para proteger sua filha. A dinâmica entre os sobreviventes evolui de forma orgânica, fazendo com que os espectadores se preocupem genuinamente com o destino de cada personagem.

Além do suspense e da ação, “A Invasão Zumbi” também possui momentos emocionais que acrescentam profundidade à narrativa. A relação entre pai e filha é tocante, e o filme aborda questões humanas universais, como a importância da compaixão e da solidariedade em tempos de crise.

 

“O Grito” (2002) – Japão

“O Grito,” dirigido por Takashi Shimizu, é um filme japonês que deixou uma marca indelével no mundo do cinema de terror. Esta obra-prima do horror é um exemplo notável de como o medo pode ser evocado de maneira eficaz por meio de uma narrativa rica em suspense e atmosfera intensa.

A trama segue uma fórmula aparentemente simples: uma casa amaldiçoada que abriga uma entidade maligna que assombra aqueles que a visitam. No entanto, o que distingue “O Grito” é a maneira como a narrativa se desenrola. O filme é composto por uma série de histórias interconectadas, cada uma delas centrada em diferentes personagens que entram em contato com a maldição.

Uma das características mais marcantes de “O Grito” é sua capacidade de criar uma atmosfera de medo e angústia que persiste durante todo o filme. Shimizu faz uso magistral da escuridão, dos ângulos de câmera e dos sons perturbadores para construir um clima de suspense que raramente dá ao espectador um momento de alívio. O silêncio é muitas vezes mais assustador do que o som, e “O Grito” explora essa ideia de maneira magistral.

Os sustos neste filme são eficazes porque são imprevisíveis e frequentemente surgem de lugares inesperados. A presença fantasmagórica que assombra os personagens é perturbadora, e suas aparições súbitas e deslocadas acrescentam um elemento constante de surpresa.

O elenco entrega atuações sólidas, com destaque para Megumi Okina no papel da enfermeira que se vê envolvida na maldição. A angústia e o desespero de seu personagem são palpáveis, o que torna a narrativa ainda mais envolvente.

O Labirinto do Fauno (2006)

“O Labirinto do Fauno” (2006) – Espanha

“O Labirinto do Fauno”, dirigido por Guillermo del Toro, é uma obra-prima do cinema que transcende os limites do gênero de terror para explorar temas profundos e sombrios em um cenário de fantasia. Este filme espanhol é um conto sombrio e emocionante que cativa e perturba, oferecendo uma experiência cinematográfica verdadeiramente única.

A história se passa na Espanha pós-Guerra Civil, um período sombrio da história do país. A jovem protagonista, Ofelia (interpretada de maneira brilhante por Ivana Baquero), muda-se com sua mãe grávida para a casa de seu padrasto, o cruel Capitão Vidal (Sergi López), que comanda uma base militar em uma floresta remota. Lá, Ofelia descobre um misterioso labirinto que a leva a um mundo de criaturas mágicas e misteriosas.

Uma das maiores realizações de “O Labirinto do Fauno” é sua capacidade de entrelaçar perfeitamente o mundo da fantasia com o ambiente sombrio e opressivo da Espanha pós-guerra. Del Toro cria um contraste vívido entre a realidade brutal e a magia do labirinto, e essa dualidade é uma das forças motrizes da narrativa.

A narrativa se desenrola como um conto de fadas sombrio, com elementos de fábula e mitologia. As criaturas que habitam o labirinto são maravilhosamente concebidas e interpretadas, com destaque para o Fauno e a intrigante Pan, que desafia as expectativas tradicionais de um guardião mágico.

O que aconteceu com a atriz de 'O Chamado'?

“O Chamado” (1998) – Japão

“O Chamado,” dirigido por Hideo Nakata, é um filme japonês que marcou um ponto de viragem no cinema de terror. Este clássico do gênero é um exemplo impressionante de como o horror pode ser construído lentamente, com uma narrativa que se desenrola de maneira sinistra e inquietante.

A trama gira em torno de uma fita de vídeo amaldiçoada que, supostamente, leva à morte qualquer pessoa que a assista sete dias depois. Quando uma jornalista, Reiko (interpretada por Matsushima Nanako), começa a investigar a misteriosa morte de sua sobrinha após assistir à fita, ela se vê arrastada para um pesadelo que desafia toda lógica.

Uma das maiores conquistas de “O Chamado” é a maneira como ele cria uma atmosfera de suspense e tensão que persiste durante toda a narrativa. Nakata opta por uma abordagem sutil e psicológica do terror, evitando os sustos fáceis em favor de uma sensação constante de inquietação. O filme nos faz questionar o que é real e o que é sobrenatural, mantendo-nos constantemente no escuro.

Os momentos de terror são construídos meticulosamente, com sequências lentas e agonizantes que aumentam a expectativa e o desconforto. A figura do espírito vingativo, Sadako, é uma das mais icônicas do cinema de terror, e sua aparência perturbadora ainda assombra a mente dos espectadores muito tempo depois de terem assistido ao filme.

Outros filmes para assistir:

  • “Os Outros” (2001) – Espanha
  • “A Maldição” (2002) – Japão
  • “REC” (2007) – Espanha
  • “Dark Water” (2002) – Japão
  • “Veronica” (2017) – Espanha

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