A Cor P\u00farpura \u00e9 a nova vers\u00e3o do cl\u00e1ssico da d\u00e9cada de oitenta e do famoso musical<\/h3>\n

Realizar adapta\u00e7\u00f5es de materiais que se tornaram ic\u00f4nicos dentro da cultura pop n\u00e3o \u00e9 uma tarefa simples. <\/strong>Existem in\u00fameras formas de conduzir novas vers\u00f5es, e muitas vezes de forma n\u00e3o justificada essas obras assumem aspectos nada atrativos. Por isso \u00e9 necess\u00e1rio entender como, de que forma e se o que est\u00e1 sendo realizado ir\u00e1 funcionar na tela grande. E n\u00e3o basta apenas ter um elenco carism\u00e1tico e can\u00e7\u00f5es bem escritas, se faz importante conduzir a narrativa de forma din\u00e2mica. Ent\u00e3o, aqui n\u00e3o temos esses elementos? Sim, temos, mas poderia ser bem melhor<\/strong>!<\/p>\n

Desta forma, ‘A Cor P\u00farpura’<\/span> chega aos cinemas reinventando o cl\u00e1ssico de 1985, por\u00e9m o longa parece n\u00e3o entender o formato em que se encontra, apesar do elenco carism\u00e1tico, e can\u00e7\u00f5es emocionantes. Essa nova vers\u00e3o possui for\u00e7a em sua protagonista, na musicalidade cativante, mas se perde tecnicamente em sequ\u00eancias mal direcionadas e cortes que n\u00e3o funcionam para o cinema. O resultado \u00e9 mais do que importante e essencial em sua mensagem, por\u00e9m na sua estrutura falta um apuro que realmente venha condizer com o que o marketing apresenta para o p\u00fablico!\u00a0<\/strong><\/p>\n

Fale Mais Sobre Isso<\/h3>\n

Celie \u00e9 uma jovem negra que desde muito cedo precisa lidar com as dores e os abusos que sofre. Ao ser entregue para ser esposa de Mister, a garota passa a vivenciar ainda mais momentos de viol\u00eancia. E com a irm\u00e3 partindo, o que lhe resta \u00e9 apegar a esperan\u00e7a de que um dia ir\u00e3o se reencontrar. Logo, com a chegada da cantora Shug Avery a cidade, e a presen\u00e7a da esposa de seu enteado, Sofia, Celie vai encontrando for\u00e7as para continuar a vida e enfrentar seus medos!\u00a0<\/strong><\/p>\n

\u00c9 uma reinven\u00e7\u00e3o, mas…<\/h3>\n

Blitz the Ambassador<\/span> \u00e9 quem comanda a produ\u00e7\u00e3o que tem como base a pe\u00e7a da Broadway que \u00e9 baseada no filme de 1985 que adaptava o livro de Alice Walker. Sim, essa reinven\u00e7\u00e3o do cl\u00e1ssico em 2024 possui outras vers\u00f5es j\u00e1 bem estabelecidas e aqui parece n\u00e3o saber ao certo como conduzir essa hist\u00f3ria, quando o assunto n\u00e3o \u00e9 musical.<\/strong><\/p>\n

A dire\u00e7\u00e3o sabe dar a pot\u00eancia e a grandiosidade aos n\u00fameros musicais de fato, transformando cada sequ\u00eancia em um espet\u00e1culo diante de quem assiste. Da can\u00e7\u00e3o inicial sobre ir \u00e0 igreja at\u00e9 o solo final cativante Celie fica percept\u00edvel o cuidado em tornar as can\u00e7\u00f5es envolventes como se estiv\u00e9ssemos no teatro.<\/strong><\/p>\n

Contudo encontramos no caminho at\u00e9 esse ponto a fraqueza da produ\u00e7\u00e3o!<\/strong><\/span><\/p>\n

Os cortes abruptos para os n\u00fameros musicais, as transi\u00e7\u00f5es que n\u00e3o funcionam e um primeiro ato que demora a encontrar o ritmo adequado, n\u00e3o fazem jus ao que o longa pretende transmitir. Sim, a narrativa estabelece de maneira ex\u00edmia a mensagem, a import\u00e2ncia e a relev\u00e2ncia de cada acontecimento, por\u00e9m ao diretor falta dinamismo e um certo toque de criatividade, e isso faz com que o filme n\u00e3o pare\u00e7a entender o formato que est\u00e1 lidando nessa vers\u00e3o. E por mais que n\u00e3o queira, soa como um “copia e cola” do musical dos palcos!\u00a0<\/strong><\/p>\n

Obviamente que isso causa um certo estranhamento para alguns, mas no todo, \u00e9 um verdadeiro espet\u00e1culo de emo\u00e7\u00f5es.<\/strong> Principalmente quando temos o trio formado por Fantasia Barrino, Taraji P. Henson e Danielle Brooks em tela. Celie, Shug e Sofia (respectivamente), nos fazem sorrir, chorar e emocionar a todo o momento. As li\u00e7\u00f5es aqui transcendem e refor\u00e7am ainda mais uma luta constante na sociedade contra o racismo, o preconceito e o papel da mulher negra na sociedade. \u00c9 um recorte que encontra certo equil\u00edbrio entre as afli\u00e7\u00f5es e dores da protagonista, e a esperan\u00e7a que torna as coisas leves.<\/strong><\/span><\/p>\n

Assim, a cada nova sequ\u00eancia em que o trio se encontra, a hist\u00f3ria contorna as falhas para nos conquistar!\u00a0<\/strong><\/p>\n